domingo, 28 de julho de 2013

Opinião - Lisboa no Ano 2000 (Parte 2)


Ficha Técnica:
Organizador: João Barreiros
Páginas: 448
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374778

Sinopse:
Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade.

Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. aqui a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla.

Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX!

Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos.

Opinião:
E aqui vem a Parte 2, que contempla a opinião a mais 5 contos desta Antologia.

Nanoamour de Ricardo Cruz Ortigão - Uma vez mais é-nos apresentado um conceito interessante na medida em que o autor nos apresenta a possibilidade de modelar tanto os sentimentos humanos como as suas crenças e acções através da alteração dos impulsos eléctricos libertados pelo cérebro aquando da transmissão da informação. O conto tem também um twist final que me deixou com um sorriso ao canto da boca. Apesar disso achei que a personagem principal poderia divagar menos tornando a leitura menos confusa.

Energia das Almas de João Ventura - Neste conto o autor conseguiu abordar um assunto bastante delicado ainda hoje em dia. A questão da alma. Nesta Lisboa as almas acabam por se tornar maçadoras e ter que ser exorcizadas. Então porque não aproveitá-las para a produção de energia? Apesar de o conto abordar a questão de um ponto de vista interessante achei-o pouco esclarecedor e contextualizado em relação a alguns aspectos que poderiam ter servido para dar mais impacto ao final do conto.

Fuga de Joel Pulga - Não tenho nada a apontar neste conto. Gostei dos personagem, dos acontecimentos e da maneira como o autor os escreveu. Os sonhos são sempre a nossa fuga e muitas das vezes a única maneira de mantermos a nossa sanidade. Nota-se, ainda, uma certa obsessão por parte de Tércio relativamente ao seu sonho de escritor, além de que é curioso verificar até onde este está disposto a ir para o manter.

O Obus de Newton de Telmo Marçal - Até agora foi dos contos que mais me desagradou e custou ler. Achei-o extremamente confuso, com os saltos entre locais, pontos de vista e tempo. Achei que o autor poderia ter, no início de cada parte, dar algum contexto ao leitor do que estava a passar naquele momento. Havia alturas em que sinceramente não percebia o porquê de nos estarem a ser descritas determinadas situações.

Ex-Machina de Michael Silva - De certa forma um pequeno thriller, gostei da maneira como o autor nos foi desvendando aos poucos o porquê do comportamento dos operários que trabalhavam perto da torre Tesla. A ideia do autora de uma entidade associada à torre Tesla é interessante e a contextualização da mesma foi bem conseguida. Além de que o autor faz uma bela crítica ao comportamento lascivo de alguns membros da igreja católica.

Mini Opinião - The Queen's Army/The Great Bazaar and Other Stories

Ficha Técnica:
Autor: Lia Habel
Páginas: 18 (Ebook)
Editor: Tor

Sinopse:
It is time. The boy must leave his family to serve in the Queen's army. To be chosen is an honor. To decline is impossible. The boy is modified. He is trained for several years, and learns to fight to the death. He proves to the Queen—and to himself—that he is capable of evil. He is just the kind of soldier the Queen wants: the alpha of his pack.

Opinião:
Uma pequena história que nos dá a conhecer um pouco mais do mundo Lunar e de quais os objectivos da rainha. Gostei de conhecer a personagem de Z, tanto o pouco que vimos da sua meninice, como a sua transformação em soldado. Gostei ainda mais de perceber que apesar de tudo aquilo pelo que passou continuou sempre integro e fiel a si próprio. Fiquei curiosa com o que há-de aparecer em Scarlet (que está a aguardar vez), e espero sinceramente vir a conhecer mais deste personagem, pois pareceu-me ser muito interessante e cativante.

Sem sombra de dúvidas uma bela maneira de a autora manter a expectativa dos seus leitores em alto nível.


Ficha Técnica:
Autor: Peter V Brett
Páginas: 104 (Ebook)
Editor: Subterranean Press
ISBN: 9781596063730

Sinopse:
Humanity has been brought to the brink of extinction. Each night, the world is overrun by demons—bloodthirsty creatures of nightmare that have been hunting and killing humanity for over 300 years. A scant few hamlets and half-starved city-states are all that remain of a once proud civilization, and it is only by hiding behind wards, ancient symbols with the power to repel the demons, that they survive. A handful of Messengers brave the night to keep the lines of communication open between the increasingly isolated populace.

But there was a time when the demons were not so bold. A time when wards did more than hold the demons at bay. They allowed man to fight back, and to win. Messenger Arlen Bales will search anywhere, dare anything, to return this magic to the world

Abban, a merchant in the Great Bazaar of Krasia, purports to sell everything a man’s heart could desire, including, perhaps, the key to Arlen’s quest.

In addition to the title novelette, The Great Bazaar and Other Stories contains a number of scenes not included in The Painted Man (published in the US as The Warded Man) as well as a glossary and a grimoire, making it an essential guide to one of the most exciting epic fantasy series currently being published.

Opinião:
Sendo que o terceiro livro está para ser editado brevemente achei que ler este pequeno livro me ajudaria a lembrar os personagens e acontecimentos. Como seria de esperar resultou e voltou tudo em catadupa.

Relativamente ao minilivro em si, gostei bastante de ficar a saber como é que Arlen descobriu as ruínas que o levaram a tornar-se no novo Libertador. As cenas com que o autor nos presenteou, originalmente escritas para serem incluídas nos livros e posteriormente retiradas, foram uma delícia. Principalmente aquela que nos mostra um Arlen jovem, sempre pronto a desafiar a noite. Também gostei bastante das pequenas introduções elaboradas pelo autor, em que o mesmo contextualiza a história e nos explica o motivo de ela não ter sido incluída nos livros. Não poderia deixar de referir ainda o Grimoire. Fiquei feliz por finalmente ter tido a possibilidade de ver compiladas, num só local, todas as guardas bem como as suas utilizações e características.

Uma pequena delícia para os fãs do autor.

Sunday's Quotes (03)

“Once you learn to read, you will be forever free.”― Frederick Douglass

sábado, 27 de julho de 2013

Opinião - Dearly, Beloved

Ficha Técnica:
Autor: Lia Habel
Páginas: 528 (Ebook)
Editor: Del Rey
ISBN: 9780345523365

Sinopse:
Can the living coexist with the living dead?

That’s the question that has New Victorian society fiercely divided ever since the mysterious plague known as “The Laz” hit the city of New London and turned thousands into walking corpses. But while some of these zombies are mindless monsters, hungry for human flesh, others can still think, speak, reason, and control their ravenous new appetites.

Just ask Nora Dearly, the young lady of means who was nearly kidnapped by a band of sinister zombies but valiantly rescued by a dashing young man . . . of the dead variety.

Nora and her savior, the young zombie soldier Bram Griswold, fell hopelessly in love. But others feel only fear and loathing for the reanimated dead. Now, as tensions grow between pro- and anti-zombie factions, battle lines are being drawn in the streets. And though Bram is no longer in the New Victorian army, he and his ex-commando zombie comrades are determined to help keep the peace. That means taking a dangerous stand between The Changed, a radical group of sentient zombies fighting for survival, and The Murder, a masked squad of urban guerrillas hellbent on destroying the living dead. But zombies aren’t the only ones in danger: Their living allies are also in The Murder’s crosshairs, and for one vengeful zealot, Nora Dearly is the number one target.

As paranoia, prejudice, and terrorist attacks threaten to plunge the city into full-scale war, Nora’s scientist father and his team continue their desperate race to unlock the secrets of “The Laz” and find a cure. But their efforts may be doomed when a mysterious zombie appears bearing an entirely new strain of the illness—and the nation of New Victoria braces for a new wave of the apocalypse.

Lia Habel’s spellbinding, suspenseful sequel to Dearly, Departed takes her imaginative mash-up of period romance, futuristic thriller, and zombie drama to a whole new level of innovative and irresistible storytelling.

Opinião:
Neste livro continuamos a seguir a vida de Nora e Bram após as revelações do livro anterior. Finalmente é possível vacinar os vivos de modo a que estes possam interagir com os mortos sem que possam ser afectados por estes. Assim sendo temos aqueles que são simpatizantes dos zombies e os que não o são. E como em qualquer sociedade quando temos este tipo de situação a única coisa que pode acontecer é desgraça. Ainda por cima vem-se a descobrir que o prião que causa Lázaro tem a capacidade de mutar, levando a que a vacina se torne ineficaz e despoletando novamente o pânico na população.

Uma das alterações principais que a autora fez à narrativa foi introduzir novos POV. Além de as situações nos passarem a ser descritas por Nora, Bram e Pamela, é-nos também apresentado o ponto de vista de outros personagens que ganham relevância na narrativa, como Michael, Laura e Vespertine. Esta foi uma jogada inteligente da autora, tendo em conta que nos ajuda a conhecer melhor determinadas personagens, que já nos tinham despertado o interesse, bem como a conhecer as suas motivações. A autora fez um bom trabalho com as suas personagens, tornando-as mais profundas, mais humanas. Relativamente a Bram e a Nora não há muito a acrescentar, já são personagens bem conhecidas. Agora as restantes personagens deixaram-me completamente cativa. Pamela com os seus ataques de ansiedade e a maneira como acaba por ultrapassá-los, percebendo que é forte o suficiente para fazer o que é preciso; Michael, com a sua mente completamente distorcida pelos seus ideais e a sua obsessão por Nora; e por fim Vespertine, apesar de vermos muito pouco desta personagem parece-me que ela ainda tem muito para contar e que esconde muitos segredos.

Apesar de ter adorado conhecer cada um destes personagens a verdade é que achei o resto da história bastante sem saborona. Passei o livro todo a sentir que a autora andava a enrolar e a arranjar maneira de introduzir uma nova linha de acontecimentos que iriam levar a um terceiro livro. Compreendo a necessidade de se transmitir ao leitor o que se seguiu aos acontecimentos apresentadoz no livro anterior, e a tudo ao que os mesmos levaram, mas acho que a autora poderia não ter desperdiçado tanto tempo e causado tantas tramas na mesma história que no fim levam todas à mesma conclusão, conclusão essa que até é inesperada, mas que acaba por não causar assim tanto impacto devido ao cansaço provocado pela leitura de um livro que parece que foi escrito para encher chouriços.

Houve ainda algumas atitudes dos personagens que me irritaram, como por vezes o egoísmo de Nora, ou as inseguranças de Pamela, se bem que por um lado isto até seja um ponto a favor da autora. Tendo em conta que as jovens de 17 anos são assim este tipo de atitudes dá-lhes uma personalidade mais real e de acordo com o esperado de jovens da sua idade.

Assim sendo posso dizer que Dearly, Beloved é um livro que se lê relativamente bem devido ao carisma das suas personagens, mas que deixa a deseja relativamente ao contexto. Uma sequela razoável, que deixa alguma curiosidade no leitor relativamente ao que aí vem no terceiro livro.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Opinião - Envolvida


Ficha Técnica:
Autor: Sylvia Day
Título Original: Entwined With You
Páginas: 400
Editor: 5 Sentidos
ISBN: 9789897450136
Tradutor: Cláudia Ramos e Helena Ramos

Sinopse:
Desde que vi o Gideon pela primeira vez, percebi que ele tinha algo de que eu precisava, algo a que eu não conseguia resistir. Percebi-lhe também uma alma perigosa e atormentada – tal como a minha. Envolvi-me. Eu precisava dele tanto como precisava que o meu coração batesse.
Ninguém sabe o quanto ele arriscou por mim e o quanto eu fui ameaçada; ninguém imagina quão negra e desesperada se tornou a sombra dos nossos passados. Entrelaçados nos nossos segredos, tentamos desafiar o destino. Definimos as nossas próprias regras e rendemo-nos completamente ao intenso poder da obsessão.

Opinião:
A minha opinião ao primeiro e segundo livro podem ser encontradas aqui Rendida e aqui Refletida, respectivamente.
Envolvida, o terceiro livro desta pentalogia que era suposto ser uma trilogia, começa exatamente após o termino de Refletida. É-nos apresentada uma Eva que finalmente começa a perceber as atitudes de Cross relativamente às últimas semanas e que só por isso se começa a sentir mais confiante e mais como ela mesma. Ao longo do livro vão-se dando determinados acontecimentos que poderiam ter sido usados pela autora para transformar este livro medíocre num livro intrigante.

Num livro deste género, apesar do erotismo, convém haver uma história que o leitor possa seguir, que o mantenha intrigado, ou o livro não vai passar de uma amálgama de sexo. Se nos dois livros anteriores a obsessão que se fazia sentir entre Gideon e Eva resultou, juntamente com a personagem de Eva a ultrapassar os seus traumas e toda a situação de Nathan no segundo livro, a verdade é que essa fórmula já cansa e para este livro uma das exigências seria algo novo. Na minha opinião aos livros anteriores tinha dito que percebia este sentimento de obsessão, a necessidade incontrolável de ter e pertencer a uma pessoa, representada aqui pelo sexo. Continuo a perceber essa necessidade, mas tendo em conta que este é o terceiro livro seria de esperar que a autora tentasse desenvolver os personagens para além dos seus traumas, bem como desenvolver a relação entre as mesmas. É verdade que se verifica uma maior confiança que o casal deposita um no outro, e isso mostra que evoluem como casal, no entanto não vejo mais nada que possa apontar. Não vejo o casal a fazer coisas normais que os outros fazem, não os vejo a ter conversas banais sobre como foi o dia. Como é que é possível dizer-se que é amor e que não se consegue viver sem uma pessoa se não a conhecemos? Estar o livro todo a ouvir Gideon e Eva dizerem isto um ao outro quando a sensação que transmitem é que nem se conhecem não abona a favor da autora.

Outra característica do livro que não abona a favor da autora é o facto de que a reconciliação dos personagens e o que daí advém foi muito rápido. Numa página estamos a ler que eles se vão reconciliar, como a seguir já se apresentam em público juntos e ainda antes da página terminar já estão noivos. Este avanço repentino na atitude dos personagens acaba até por deixar o leitor confuso! Para finalizar, pequenas situações que vão acontecendo ao longo do livro e que poderiam servir para dar à história um fio condutor, como a situação de Megumi ou da pulseira de Nathan, são completamente renegadas para último plano, sendo que despertam alguma curiosidade no leitor, mas não a suficiente para que este fique a debater hipóteses durante muito tempo.

Um livro mais fraco que os anteriores, que basicamente não serviu para qualquer tipo de desenvolvimento da história ou dos personagens. Caso o próximo livro venha a ser editado irei lê-lo apenas porque já li os anteriores e tenho alguma curiosidade para saber o desfecho de algumas situações que ficaram em aberto.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 21 de julho de 2013

Opinião - Ilusões


Ficha Técnica:
Autor: Aprilynne Pike
Título Original: Illusions
Páginas: 304
Editor: Contraponto
ISBN: 9789896661274
Tradutor: Elsa T. S. Vieira

Sinopse:
Laurel não via Tamani desde que num momento de raiva, há um ano atrás, o mandou embora. E, por muito que o seu coração ainda doa, Laurel sabe que David foi a escolha certa. Agora que a sua vida estava a voltar ao normal, Laurel descobre que um inimigo oculto está a cercá-la. Mais uma vez, Laurel vai ter de pedir ajuda a Tamani para a proteger e ajudar, uma vez que o perigo que agora ameaça Avalon é mais poderoso do que aquele que uma fada poderia imaginar – e, pela primeira vez, Laurel não pode ter a certeza de que o seu lado sairá vencedor.

Opinião:
Foi em 2010 que Wings, o primeiro livro desta tetralogia, foi editado. Apesar de ser mais um livro Young Adult, a verdade é que na altura me cativou, pois nunca tinha lido um livro em que os Fae fossem descritos como fadas que, na sua estação de nascimento, davam, literalmente, flor. Em 2011 foi editado o segundo livro, Feitiços, e este foca-se mais no desenvolvimento do mundo criado pela autora. Em que ficamos a conhecer mais da história das fadas, da maneira como o seu mundo funciona e das suas interacções com o mundo dos humanos. Neste terceiro livro, Ilusões, a vida continua calmamente para Lauren, apesar das saudades que esta sente de Tamani. Há muito que não aparecem Trolls pelas redondezas e parece que finalmente Lauren poderá prosseguir com a sua vida, juntamente com a pessoa da qual mais gosta, David.

Passaram dois anos desde que li os livros anteriores, e nesses dois anos sei que me desenvolvi como leitora, e determinados tipos de livro já não são suficientes para me satisfazer. Se inicialmente sei que gostei efectivamente do primeiro e segundo livro o mesmo já não aconteceu com este. Apesar de ser um livro que se lê bem e de uma só assentada não é propriamente cativante. A linguagem é simples e o enredo também, o que o torna um livro mais apropriado para uma determinada faixa etária.

Contudo houve coisas que me agradaram no livro, como por exemplo o facto de que a autora conseguiu criar dois personagens masculinos que são por igual medida encantadores. Desde que comecei a ler esta saga nunca me consegui decidir por um deles, sempre gostei dos dois e nunca consegui perceber qual deles seria melhor para Lauren. Esta situação é algo que por norma não acontece nos livros YA. Agora fico um pouco apreensiva, pois não sei se efectivamente seria essa a intenção da autora, ou se simplesmente ela não me conseguiu cativar o suficiente para me fazer gostar de um personagem em especial. Gostei também de ver um pouco mais dos pais de Lauren e de como eles se estão a adaptar à situação, bem como o seu interesse genuíno. No entanto o livro desiludiu um pouco pelo facto de que apesar de algo estar a acontecer isso não é o mais importante, sendo que é novamente o triângulo amoroso que ganha destaque neste livro. Penso que a autora poderia ter tentado cortar um pouco nos dilemas e incertezas da Lauren, e dado mais ênfase ao que se estava a passar. Criar mais mistério para deixar o leitor suspenso e realmente preocupado com o futuro dos personagens.

Outro ponto positivo no livro é o aparecer de uma nova personagem. Não só esta traz um novo fio condutor para a história, também nos leva a perceber que determinadas personagens poderão ser mais do que aquilo que aparentam. Além de que o final completamente em aberto nos deixa curiosos para saber o que vai acontecer a seguir.

Um livro mais indicado para leitores jovens.

Sunday's Quotes (02)

“Let your heart travel lightly. Because what you bring with you becomes part of the landscape.”- Anne Bishop ; Sebastian

sábado, 20 de julho de 2013

Opinião - All Souls' Night


Ficha Técnica:
Autor: Jennifer L. Armentrout
Páginas: 384 (Ebook)
Editor: Harlequin Enterprises
ISBN: 9781426817625

Sinopse:
I have reached my breaking point. And now I will not, cannot be stopped. With the Soul Eater on the verge of god status, it's time for me to take a final stand, even if it means losing everything I love. Even if it means losing my life.

I've got plenty of power on my side, and some I didn't know I could count on in the first place. But it's nothing compared to the army of the undead the Soul Eater is building up. And time is running out.

They say that good always triumphs over evil. I hope that's true. Because the odds aren't in our favor, and the fate of the world is in our hands.

Opinião:
Cerca de dois anos depois de ter lido os primeiros três livros desta tetralogia, e depois de muito estar farta de esperar que a Gailivro desse sinal de que iria editar o último livro, decidi-me por fim a lê-lo em inglês. Afinal, algum dia teria que o ler e o Kindle serve muito bem para esta tipo de situação.

O livro começa depois da festa de ano novo, festa essa onde ocorrem muitos acontecimentos complicados. Basicamente temos Carrie e Nate a tentar reconciliarem-se e Bella e Max a fazerem de tudo para ficar juntos. Daí até à próxima peripécia é só um pulinho, pois o Devorador de Almas está prestes a reunir todas as condições para realizar o ritual que o irá tornar num Deus. E mais ninguém tem a vontade e a capacidade de o parar a não ser Carrie.

Antes de mais há que admitir que já não me lembrava de grande parte da história, nem de alguns personagens. O que mostra que os livros anteriores não me conquistaram por aí além. Lembrava-me de Bella e Max, e sabia que havia Carrie, Nate e Cyrus. Lembrava-me também de uma maneira geral do teor da história, mas não de acontecimentos específicos. Assim sendo o que de certa forma me salvou foi o facto de a autora ao longo de todo o livro estar constantemente a fazer referência a acontecimentos passados, ajudando-me a situar nos acontecimentos.

No geral este livro é tal como os outros, um livro que se lê. Gosta-se e dá para entreter. Mas sinceramente não é um livro com que se deva perder tempo caso se tenha outras coisas mais interessantes para ler. A história não é nada de especial e a maneira de escrever da autora também não nos torna leitores compulsivos. Durante a leitura fiquei com a sensação que o estava a ler só por ler. Não posso dizer que não gostei porque gostei, mas sinceramente não me teria feito diferença se nunca o tivesse chegado a ler.

Já não me lembrava de Ziggy, mas foi gratificante voltar a conhecer este personagem, e também perceber que ele está diferente, mais maduro, relativamente aos livros anteriores. No entanto houve alguns acontecimentos relacionados com ele que me desagradaram, como a sua relação com Bill (um personagem novo, interessante, mas que me provocou alguma estranhesa). Achei tudo um pouco precipitado. Algo semelhante acontece com a relação entre Carrie e Nathan. Andam sempre às turras por tudo e por nada e depois já está tudo bem. Entretanto aparece Cyrus, e a Carrie gosta muito dele, e depois afinal já não gosta. Resumindo, a autora não tem muita capacidade para criar e desenvolver relações entre personagens, o que acaba por prejudicar a história.

Algo que também faz com que o livro não seja tão interessante, como poderia ser, é o final. Este é apressado e sinceramente não faz muito sentido. Achei que se a situação se processasse de uma maneira um pouco diferente poderia ter feito mais sentido e causado mais impacto. Além de que teria dado credibilidade a algo que acontece a Carrie durante a história.

Apesar de todos os ponto negativos que apontei o livro até se lê bem, desde que se comece o mesmo com uma mente aberta e sem expectativas. Mas, como já mencionei, não é uma leitura com que valha a pena perder o tempo se se tiver algo mais interessante para ler.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Opinião - A Casa de Gaian

 
Ficha Técnica:
Autor: Anne Bishop
Título Original: The House of Gaian
Páginas: 431
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374662
Tradutor: Luís Coimbra

Sinopse:
Começou como uma caça às bruxas, mas o plano do Inquisidor-Mor para eliminar todos os vestígios de poder feminino que há no mundo prevêem agora a aniquilação dos barões de Sylvalan que se lhe opõem… e a destruição do berço de toda a magia: a Serra da Mãe. Humanos e feiticeiras formam uma aliança difícil com os Fae para fazerem frente a esse inimigo terrível. No entanto, mesmo unidos, não têm força suficiente para resistirem aos exércitos mobilizados pela Inquisição. Procuram por isso o apoio do último aliado ao qual podem recorrer: a Casa de Gaian. As feiticeiras que vivem isoladas na Serra da Mãe têm poder suficiente para criarem um mundo… ou para o destruírem.

O antigo lema das bruxas: «Não fareis o mal», arrisca-se a ser esquecido por força de uma necessidade mais premente: a necessidade de sobreviverem.

Opinião:
E uma vez mais Bishop faz aquilo que melhor sabe, deixar uma pessoa completamente enredada nas suas histórias.

Em A Casa de Gaian vemos o tão aguardado desfecho. Tudo aponta para uma guerra iminente entre os Mantos Negros e os seus seguidores e a restante população deste mundo que Bishop tão sabiamente criou, e quando falo em população refiro-me a todos os seres que habitam este mundo. E sim, a história é emocionante e os acontecimentos deixam-nos agarrados ao livro, mas o mais importante continua a ser o carisma das personagens, as personalidades, as suas acções relativamente àquilo que lhes vai acontecendo ao longo do caminho.

Este é um livro que agarra do início ao fim. Com uma aura um pouco mais obscura que os seus antecessores é-nos dado a conhecer em profundidade o verdadeiro ser das mais diversas personagens e aquilo que realmente significam os seus títulos. Ashk foi tudo aquilo que se podia esperar dela e mais. O seu poder, a sua agressividade, a sua preocupação com os humanos e ao mesmo tempo o seu respeito pelas Filhas da Casa de Gaian tornam-na numa personagem extremamente forte e completa. E Morag, a personagem preferida da maior parte das pessoas, foi uma das mais difíceis de seguir pela sua inconstância, a preocupação com ela acaba por se tornar tão real que parece que estamos frente a uma "pessoa de carne e osso". Ainda das antigas personagens foi fantástico rever Liam e Breanna. As suas picardias e tiradas trazem um sorriso ao nosso rosto sem que nos apercebamos de tal coisa. E se houve alguém que nos conseguiu surpreender no fim foi Diana. Apesar de tudo fiquei triste por não poder ver mais de Neall e Ari.

Adorei conhecer todas as novas personagens que nos surgem neste última capítulo de uma história única. Todas tão cuidadas e bem construídas como se a autora as tivesse vindo a desenvolver desde o início da história. Gwenn, a baronesa que diz e faz o que quer, Selena, a nova caçadora, Rhyann, o Senhor do selkies, e algumas mais tornaram a história mais completa e equilibrada. Além de que finalmente passarmos a conhecer as habitantes da Serra da Mãe e o significado de se ser uma dá uma outra profundidade à história.

 Além de todas as personagens maravilhosas criadas por Bishop, não se pode deixar de lado a sua escrita que faz com que nos embrenhemos completamente na história e que faz com que aquele mundo que imaginemos se torne o nosso mundo. Posso dizer que ri e chorei em determinados momentos e com determinadas personagens. E quando um autor consegue fazer isso a um leitor tem sem sombra de dúvida um dom para criar.

Infelizmente, como normalmente não há bela sem senão, houve determinadas alturas em que sentia que determinadas situações eram apressadas e podiam ter sido trabalhadas de uma outra maneira. E em alguns casos senti também que a autora estava a ser um pouco óbvia.

Se ainda restam dúvidas sobre se esta trilogia vale ou não a pena, só tenho uma coisa dizer: É Bishop.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Opinião - Lisboa no Ano 2000 (Parte 1)


Ficha Técnica:
Organizador: João Barreiros
Páginas: 448
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374778


Sinopse:
Bem-vindos à maior cidade da Europa livre, bem longe do opressivo império germânico. Deslumbrem-se com a mais famosa das jóias do Ocidente! A cidade estende-se a perder de vista. O ar vibra com a melodia incansável da electricidade.

Deixem-se fascinar por este lugar único, onde as luzes nunca se apagam, seja de noite, seja de dia. aqui a energia eléctrica chega a todos os lares providenciada pelas fabulosas Torres Tesla.

Nuvens de zepelins sobem e descem com as carapaças a brilhar ao sol. Monocarris zumbem por todo o lado a incríveis velocidades de mais de cem quilómetros à hora. O ar freme com o estímulo revigorante da electricidade residual. Bem-vindos ao século XX!

Lisboa no Ano 2000 recria uma Lisboa que nunca existiu. Uma Lisboa tal como era imaginada, há cem anos.


Opinião:
Sendo que esta é a Parte 1, irão sem dúvida surgir as restantes com opinião acerca dos contos que vou lendo. Neste momento já li 5 dos 16 contos presentes na antologia. Aqui ficam as minhas modestas observações acerca dos mesmos.

Venha a Mim o Nosso Reino de Ricardo Correia - Um conto interessante que reflecte acerca do que poderia ser a religião neste suposto ano de 2000 em que a electricidade seria rainha. A ideia é interessante, no entanto o conto não me convenceu plenamente. Achei que poderia ter havido uma melhor ambientação do leitor àquela realidade imaginada pelo autor. Além disso, o final extremamente apressado, e ainda por cima um dos mistérios que é colocado acaba por não ser muito bem explicado e portanto dúvidas que eu gostava de ver esclarecidas permanecem.

Os Filhos do Fogo de Jorge Palinhos - Gostei bastante deste conto. Gostei das teorias apresentadas pelo autor, que vão de encontro a esta Lisboa do Ano 2000. Algumas teorias que são apresentadas poderão efectivamente fazer sentido para quem percebe um pouco da criação de um corpo. A única coisa que me desagradou um pouco foi o facto de que o final era algo previsível. E se não o final, pelo menos o que levava aos acontecimentos que nos foram apresentados.

Dedos de AMP Rodriguez - Se do anterior conto gostei bastante, posso dizer que adorei este. Esta extremamente bem escrito, com uma linguagem e um encadear de acontecimentos que nos deixa presos do início ao fim do mesmo. Além disso nota-se que a autora teve cuidado a criar todos os detalhes e explicar muito bem todos os processos que nos são apresentados, de forma a que pareçam plausíveis. Além de que o final deixa-nos com uma sensação estranha na barriga

 As Duas Cara de António de Carlos Eduardo Silva - O que mais me agradou neste conto foi sem dúvida a imaginação do autor para criar uma engenhoca que reflecte um dos desejos que o ser humano sempre teve e que hoje em dia já é possível. Gostei também porque até agora é o único conto que nos é contado do ponto de vista do vilão e não do "bom" da história.

Electrodedendência de Ana C. Nunes - E o que seria um povo sem os seus vícios e as suas dependências? E se neste nosso Ano 2000 a energia é rainha, nada mais natural que a droga de eleição seja a própria electricidade. E não só nos é dada a conhecer a droga e como ela funciona, é-nos ainda mostrado como ela afecta uma sociedade e como esta se pode tornar decadente relativamente à mesma. Gostei bastante do personagem que no início mostra ser um ser amedrontado, mas que no final quando tudo lhe é retirado, principalmente o orgulho, toma uma atitude e trata da situação de uma forma eficaz.

No geral está a ser uma leitura agradável e fácil. Gosto do facto de encontrar paralelismos entre as histórias. Provavelmente a guerra com a Germânia seria uma das características acordadas pelos autores. Contudo tenho também curiosidade em saber se o ambiente soturno que se transmite nos contos até agora é também geral ou se haverá outros que mostrem um lado diferente desta Lisboa no Ano 2000.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Opinião - A Dança dos Dragões/Os Reinos do Caos


Ficha Técnica:
Autor: George R. R. Martin
Título Original: A Dance With Dragons
Páginas: 571/604
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373689/9789896373979
Tradutor: Jorge Candeias

Sinopse:
O Norte jaz devastado e num completo vazio de poder. A Patrulha da Noite, abalada pelas perdas sofridas para lá da Muralha e com uma grande falta de homens, está nas mãos de Jon Snow, que tenta afirmar-se no comando tomando decisões difíceis respeitantes ao autoritário Rei Stannis, aos selvagens e aos próprios homens que comanda. Para lá da Muralha, a viagem de Bran prossegue. Mas outras viagens convergem para a Baía dos Escravos, onde as cidades dos esclavagistas sangram e Daenerys Targaryen descobre que é bastante mais fácil conquistar uma cidade do que substituir de um dia para o outro todo um sistema político e económico. Conseguirá ela enfrentar as intrigas e ódios que se avolumam enquanto os seus dragões crescem para se tornarem nas criaturas temíveis que um dia conquistarão os Sete Reinos?


O Inverno aproxima-se de um mundo mergulhado no caos. No Norte dos Sete Reinos está iminente uma batalha decisiva pelo que resta do antigo domínio dos Stark. Ainda mais a Norte, Jon Snow luta por encontrar um equilíbrio entre as tradições da Patrulha da Noite e o que o seu instinto lhe diz ser o caminho correcto a seguir. A Sul, velhas alianças esperam o tempo certo para serem reveladas, enquanto os homens de ferro assolam os mares e as costas dos domínios Tyrell. Do outro lado do mar estreito, tudo converge para a Baía dos Escravos, onde Daenerys Targaryen tarda em ganhar a paz na inquieta cidade de Meereen. E os dragões? Qual será o seu papel no meio de tudo isto? Muitos estão certos de que a tão temida reconquista de Westeros está prestes a começar.

Opinião:
O tão aguardado A Dance With Dragons viu finalmente a luz a Julho de 2011, e as traduções portuguesas não se demoraram muito a seguir-se-lhe.  Apesar de ter adquirido os livros quando saíram na altura, aqui estou eu, quase dois anos depois a pegar neles. Porquê? Porque todo este tempo foi necessário para ganhar a coragem necessária para pegar neste livros que por um lado me poderiam fazer voltar a adorar As Crónicas de Gelo e Fogo, ou que me poderiam fazer perceber que realmente não havia possibilidade de me voltarem a cativar. Se estou arrependida de ter aguardado dois anos? Não. Era o tempo que precisava de dar a mim mesma para superar o quanto detestei os dois livros anteriores e poder voltar a apreciar Martin com o mesmo fervor do primeiro livro.

Poderia falar um pouco do que se passa nestes livros, mas o mais provável seria cair no erro de spoilar alguém. É difícil falar do livro em si sem que isto aconteça, pois são tantos acontecimentos, tantas personagens, tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, que é difícil fazer um pequeno apanhado de tudo.

De uma forma geral, tal como aconteceu nos livros anteriores, Martin começa a arrumar o seu tabuleiro de cyvasse e a preparar a próxima jogada. Principalmente na primeira parte do livro, A Dança dos Dragões. A segunda parte do livro já começa a ter mais desenvolvimentos, mais acção. Temos as peças arrumadas e agora começamos a ver as jogadas. Muito acontece na segunda parte que são consequências das decisões de determinadas personagens na primeira parte, e apesar de não conseguirmos perceber propriamente qual será a próxima jogada de Martin, sentimos que algumas coisas começam a encaixar.

Sem sombra de dúvida que as perguntas que ficam por responder são mais que muitas e que cada vez temos mais.  Até porque Martin introduz novas personagens, algumas que já tínhamos ouvido falar e outras que constavam de algumas teorias. De algumas personagens só temos direito a um mísero POV e por isso a curiosidade de saber mais é tanta. Um dos melhores aspectos, foi sem dúvida matar as saudades (que nem sequer sabia que existiam) das minhas personagens preferidas, Arya, Jon, Tyrion, Jaime, Daenerys. E também conhecer novas personagens das quais sei que irei ter saudades.

Se valeu a pena a espera de 6 anos? Sim, valeu a pena pois fomos presenteados com algo único e magnífico. Se tiver que esperar mais 6 anos por um livro destes hei-de esperar. Martin é um autor que merece ser lido no seu melhor. Pois não há escrita, mundo ou personagens em Martin que possam ser apressadas, tudo precisa do seu tempo para ser trabalhado e nos chegar perfeito, como este A Dance With Dragons.

domingo, 14 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Opinião - Transplante

 
Ficha Técnica:
Autor: Robin Cook
Título Original: Death Benefit
Páginas: 384
Editor: Publicações Europa-América
ISBN: 9789721061927
Tradutor: Paula Antunes

Sinopse:
Pia Grazdani é uma excepcional estudante de Medicina, embora um pouco altiva. Ela tem a honra de trabalhar em estreita colaboração com um cientista do Centro Médico da Universidade de Columbia, cuja pesquisa inovadora poderá revolucionar a prestação de cuidados de saúde, ao conseguir criar órgãos de substituição para os pacientes em estado crítico.
Ao colaborar com um brilhante geneticista molecular, o Dr. Tobias Rothman, Pia sabe que terá a oportunidade de realizar a sua maior ambição, a de poder participar em descobertas médicas que poderão ajudar milhões de pessoas. Ao mesmo tempo, espera conseguir encontrar alguma paz de espírito e, de uma vez por todas, afastar as memórias da sua infância difícil e dos abusos que sofreu.
Mas quando a tragédia se abate sobre o laboratório, Pia, com a ajuda do seu enamorado colega George Wilson, terá de investigar uma calamidade nunca antes vista no laboratório de biossegurança do hospital… supostamente seguro.
Entretanto, dois jovens génios com experiência em Wall Street acreditam ter descoberto mais um foco de atracção na indústria multimilionária dos seguros de saúde da nação. Eles tentam, a todo o custo, encontrar formas de controlar os dados actuariais e creditar as apólices dos idosos e dos doentes, preparando-se assim para matar…
À medida que George e Pia investigam os acontecimentos no laboratório, uma questão permanece sem resposta: estará alguém a tentar manipular informação privada dos seguros para que os investidores beneficiem com a morte de inocentes?

Opinião: 
Transplante é o primeiro livro que leio deste autor. Já tinha anteriormente ouvido falar do mesmo e tinha ficado com a sensação que seria um autor interessante para experimentar. Isto também devido ao meu curso, tenho um mestrado em Biologia Molecular e Genética, por isso toda a situação da manipulação de células para a criação de orgãos é algo que me intriga. A oportunidade de poder ver um assunto tão fascinante inserido num livro que supostamente seria um thriller aguçou-me ainda mais a curiosidade.

 O livro centra-se basicamente num mês da vida de Pia, e de todas as pessoas que se lhe encontram associadas. Directa ou indirectamente. É através desta que ficamos a conhecer os fantásticos avanços na pesquisa de organogénese do Dr. Rothman, o génio do laboratório do Centro Médico da Universidade de Medicina de Columbia, e das consequências que estes podem trazer para dois empresários no ramo da compra de seguros de vida.

No seu geral o livro é extremamente medíocre. Segundo as minhas pesquisas no Goodreads a verdade é que também fui logo pegar no livro mais fraco do autor, ou pelo menos um dos mais fracos. Se há algo que safa o livro são as últimas cerca de 100 pág que é quando realmente algo acontece. Pegando na escrita do escritor e na técnica que ele usa para nos apresentar a história, só posso comentar que esta não funciona. Desde o início do livro que sabemos tudo o que se passa e o que vai acontecer. Onde está o thriller? Onde estão as perguntas sem resposta? As dúvidas e suposições que devíamos ir colocando conforme a história se vai desenrolando? Nada disso acontece e o livro é um aborrecimento quase do princípio ao fim porque não há nada que nos surpreenda. Pegando agora na organogénese, para alguém que é minimamente entendida naquilo que está a ser descrito achei a informação toda muito superficial. Na minha opinião o autor poderia ter tentado aprofundar um pouco mais a génese da formação de órgãos, mesmo que de forma a que leigos conseguissem perceber o que ele diz.

Relativamente às personagens achei-as superficiais. Sabemos que Pia teve um passado difícil e é nos dado a conhecer alguns pormenores, à semelhança do que acontece com os outros personagens. No entanto ela é basicamente a personagem principal. Era necessário que ela fosse mais, e isso simplesmente não aconteceu. Acho que se ficou a conhecer mais do Dr. Rothman das poucas vezes que ele falou, do que se ficou a conhecer Pia de todas as vezes que se esteve dentro da cabeça da mesma. Sendo que o mesmo pode ser dito dos outros personagens dos quais temos pontos de vista.

Além de tudo isto há ainda o facto de que o autor leva 3/4 do livro para nos introduzir na história, o que é extremamente desnecessário. E toda a situação de Pia perceber o que aconteceu ao Dr. Rothman quase instantaneamente pareceu forçado. É verdade que sendo aluna de medicina Pia tem uma maior propensão para chegar a determinadas conclusões, mesmo assim...

Em suma, um livro que não aconselho a que se perca dinheiro nem tempo com ele.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Juliet Marillier em Portugal

Para os mais distraídos, a Juliet publicou no Goodreads que iria regressar ainda a Portugal este ano entre os dias 6-9 de Novembro! É uma oportunidade a não perder para estar na companhia desta autora que muitos de nós presa. Já tive a oportunidade de passar um dia com a autora, num encontro promovido pelo Mundo Marillier, quando ela veio pela primeira vez a Portugal em Julho de 2008. Infelizmente da segunda vez que a autora esteve em Portugal não tive possibilidade de estar com a mesma. Assim sendo esta será uma excelente oportunidade para voltar a trocar impressões com uma pessoa que é extremamente simpática e dada ou então para a conhecer pela primeira vez e ficarmos fãs da sua personalidade, porque fãs das suas histórias já nós somos!


"I will be in Lisbon, Portugal from November 6-9, and there will be opportunities for Portuguese readers to hear me speak and to have a book signed. We'll be trying to avoid the overcrowding issues that occurred during my last Lisbon signing, when a lot of people had to wait a long time in the line."

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Opinião - Menina de Ouro


Ficha técnica:
Autor: Chris Cleave
Título Original: Gold
Páginas: 368
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892322070
Tradutor: Elsa T. S. Vieira

Sinopse:
É difícil encontrar palavras para descrever a emoção que os livros de Chris Cleave despertam. Os seus enredos são apenas uma parte da história. Mais importante é a forma como tocam o leitor. E isso é único e irrepetível.

"Menina de Ouro" é sobre os limites do amor. Sobre as nossas lutas diárias. Sobre o conflito entre os nossos desejos e a realidade.

Conheça Kate e Zoe. Duas mulheres brilhantes com um sonho que apenas uma poderá realizar. Conheça também Sophie. Uma criança dotada de uma sensibilidade rara, que luta entre a vida e a morte. Estão unidas por um segredo. Delas se exige uma escolha. No momento mais importante das suas vidas, uma delas terá de fazer o derradeiro sacrifício.

"Menina de Ouro" é sobre o que significa ser humano, mas também sobre o que nos permite a todos, de diferentes formas, atingir o extraordinário.

Opinião: 
Não há nenhuma palavra que possa descrever o que sinto relativamente a este livro. Simplesmente soberbo. Depois de o começar a ler não consegui parar.

Já tinha lido o Pequena Abelha há algum tempo, porque toda a gente me falou maravilhas acerca dele. No entanto na altura, apesar de perceber a beleza da história, houve algo que não me conseguiu cativar na totalidade. Posso dizer que o mesmo não aconteceu com A Menina de Ouro.

Adorei cada momento, cada virar de página. A escrita do autor ao longo de todo o livro é sublime. A maneira como ele constrói as personagens e as vai desenvolvendo ao longo do tempo, o modo como ele nos vai mostrando como elas se relacionam e o que as une é algo que o autor faz com grande mestria. Senti-me ligada a todos os personagens desde o momento em que os passei a conhecer, sendo que a alternância entre pontos de vista funcionou muito bem.

Relativamente à outra parte da história, que se prende com o facto de a maior parte dos protagonistas serem ou terem sido ciclistas de alta competição, achei que estava bem conseguida. Notava-se o amor que cada um tinha pelo desporto e o quanto o ciclismo era parte integrante das suas vidas. Como uma pessoa que faz desporto, não a nível de competição, mas que adora o que faz, consigo perceber toda aquela agitação, a euforia, o querer sempre mais e melhor.

Fiquei tão cativada pelas duas personagens femininas e pelas suas histórias que não me conseguia fazer torcer por uma delas. Para mim, ambas mereciam a vitória. E a verdade é que ambas a conseguiram, naquilo que vieram a aperceber-se serem realmente as coisas importantes da vida.

Em suma, um must read.

(publicado originalmente no Segredo dos Livros)

Olá!!! =D

Olá, o meu nome é Joana Cardoso. É a primeira vez que me apresento numa sessão dos LCA (Leitores Compulsivos Anónimos) e a intenção é, não livrar-me deste mal, mas sim, poder influenciar outras pessoas a sofrer dele comigo.

Fora de brincadeiras, quem já me conhece sabe que adoro ler e que gosto de partilhar e discutir opiniões. E foi daí que veio esta vontade de começar um Blog. Sim, hoje em dia há milhentos blogs por aí que vomitam críticas e informações de lançamentos a torto e a direito. No que é que o meu poderá ser diferente? Não faço ideia. Sou uma completa leiga neste tipo de coisas. Andei à porrada com o Blogger durante um dia inteiro até conseguir finalizar o layout e este é bastante simples. Ainda ando aqui a descobrir funcionalidades que nem sequer sei para que servem, mas acima de tudo, nunca tive um projecto semelhante a este. Toda a gente que conheço diz que manter um Blog de literatura é algo bastante complicado e que nos rouba bastante tempo. Acredito que sim. Daí que estive quase um ano inteiro para começar o meu Blog, onde me poderia sentir à vontade para exprimir as minhas opiniões sempre que assim me apetecesse, e onde as posso fazer chegar às pessoas aí fora. A intenção é também tentar influenciá-las nas suas escolhas, para que determinados livros dos quais gostam não fiquem com sagas interrompidas e possam ser finalizados. Ou seja, este Blog é uma boa maneira de me aproveitar de todos os leitores descuidados que por aqui possam passar (hehehe).

Relativamente ao Blog e ao que poderão nele encontrar, posso dizer-vos que...... não faço ideia. É uma ideia em construção. É algo que está sujeito a alterações e inovações. Tendo em conta que também só agora vou começar, talvez quando me sentir mais à vontade com toda a situação me possa focar em pequenas rubricas e outras que tais que venham dinamizar este Blog. Para já, vou começar com aquilo que acho que consigo decentemente, dar a minha opinião acerca daquilo que leio. Sem pressões, sem segundas intenções. Se há algo que este Blog representa para mim é liberdade. É poder ler os livros que quero, quando quero e na velocidade que me agradar. Por enquanto não vou procurar parcerias e nem sei se o irei fazer no futuro. Por muito que as pessoas digam que não deixam uma parceria afectar-nos isso não é completamente verdade. Custa muito mais ser sincero e fiel a nós mesmos quando sentimos que de certa forma devemos algo a alguém ou alguma entidade. Por isso mesmo posso desde já dizer que o meu principal objectivo é ser sempre sincera, independentemente das circunstâncias.

Gostava também de pedir aos meus amigos virtuais e não assim tão virtuais que fossem dando uma vista de olhos pelo meu espaço e fazendo sugestões para que eu possa aprender com os melhores e vir talvez um dia a ter um cantinho tão especial como eles. Claro que se quiserem divulgar o meu espaço por entre os vossos leitores aqui a pessoa não fica nada chateada e também agradece! Assim sendo:

"Let the games begin and may the odds be ever in my your favor."