quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Opinião - Números, O Caos

Ficha Técnica:
Autor: Rachel Ward
Título Original: Numbers: The Chaos
Páginas: 296
Editor: Topseller
ISBN: 9789898626141
Tradutor: João José Leiria

Sinopse:
Junho de 2026. Adam consegue ver números nos olhos das pessoas, que correspondem à data da sua morte. Mas não pode revelar a ninguém este segredo. Como se não bastasse viver com aquele terrível dom, as coisas estão prestes a tornar-se ainda mais difíceis. Adam apercebe-se de que, subitamente, a data da morte de todos aqueles com quem se cruza é a mesma: 1 de janeiro de 2027.

Sarah, uma rapariga reservada mas cheia de personalidade, tem uma complicada história pessoal que a leva a fugir de casa dos pais. Além disso, tem um pesadelo recorrente e assustador com Adam, mesmo sem nunca o ter visto. Depois de o conhecer, porém, desenvolve por ele uma forte atração, que não sabe como gerir. Ambos partilham de premonições semelhantes: fogo, água, morte, destruição, caos.

Opinião:
No segundo livro da série Números, O Caos, ficamos a conhecer o filho de Jem e Spider, Adam. Este tem o mesmo dom da mãe, e portanto consegue ver a data da morte das pessoas olhando apenas para os seus olhos. E se como se já não bastasse ter este dom, tudo parece piorar quando conhece Sarah, pois o impulso de a proteger e salvar é quase enlouquecedor.

A premissa desta história é praticamente a mesma que a do livro anterior. Uma catástrofe que está prestes a acontecer e os únicos que conseguem vê-la chegar são dois jovens que ninguém leva a sério, pois só dão problemas. A história é suficiente para manter o leitor interessado, se bem que achei que a autora poderia ter imprimindo um maior sentido de urgência aos acontecimentos que vamos testemunhando.

Assim sendo o que de mais marcante o livro tem é mesmo a maneira de estar das personagens ao longo de todos os acontecimentos. É palpável a todo o momento o desespero que Adam sente, o caos que se instalou na sua mente e que não o lhe permite lidar com as pessoas e com as situações. Adam não é uma pessoa tão forte e estável como a sua mãe. E o facto de ver as datas das mortes das pessoas, bem como a maneira como estas vão morrer começa aos poucos a roubar-lhe a sanidade. Já Sarah é mais estável, apesar de todos os pesadelos e do mundo infundido por eles todas as noites. Vive cada momento saboreando-o, aproveitando o facto de estar em liberdade e poder estar com Mia. No fim, acaba por ser Sarah que traz paz à mente confusa de Adam e percebe-se que no futuro será ela que o irá manter agarrado à realidade e o vai ajudar a superar tudo aquilo que aconteceu ao longo do livro.

Infelizmente houve pequenas situações que não me deixaram apreciar melhor o livro. Há pelo menos duas questões que Adam e Sarah se colocam a si mesmos ao longo do livro, e mais para o final, que está a resposta escarrapachada no texto, são eles próprios que nos transmitem essa informação, e mesmo assim em vez de pensarem na resposta que já têm passam o tempo a martirizar-se com a pergunta.

Em contra partida o final é algo surpreendente, na medida em que algo inesperado acontece e ficamos a perguntar-nos: O que aconteceu? O que ainda poderá aí vir? Espero sinceramente que o próximo livro não tenha o mesmo tipo de enredo. Até porque se tal acontecer esta série de livros poderia ler-se individualmente, e aquilo que pretendemos é continuidade, é o facto de que os livros um sem o outro não farão sentido. Fico então a aguardar o último livro desta série, Infinity.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

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