quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Opinião - Juramento de Dragão

Ficha Técnica:
Autor: P. C. Cast e Kristin Cast
Título Original: Dragon's Oath
Páginas: 144
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374600
Tradutor: Susana Serrão

Sinopse:
No início do séc. XIX, em Inglaterra, e muito antes de se tornar professor na Casa da Noite em Tulsa, Bryan Lankford é um jovem talentoso mas problemático. Até ao momento em que o seu pai, um nobre de grande fortuna, o expulsa para a América. Bryan cedo recebe a Marca dos vampyros e entra no mundo excitante e perigoso dos iniciados. Tornando-se rapidamente no mestre de Esgrima, é confrontado com desafios aterradores mas também com surpresas agradáveis, como Anastasia, a cativante jovem professora de Sortilégios e Rituais da Casa da Noite. Mas quando um poder negro os ameaça a todos, Lankford é apanhado no tumulto. E embora seja um poderoso iniciado, será forte o suficiente para afastar o mal e, ao mesmo tempo, proteger Anastasia? Irão as suas escolhas salvá-la – ou destruí-los a todos?

Opinião:
Nesta novela ficamos a conhecer a história por traz do juramento que o Dragão fez a Anastasia e a importância que tem para ele. É uma história relativamente curta, mas bem contextualizada e de certo modo mais agradável de ler do que a séria principal pois foca-se em personagens mais maduros. Gostei de ficar a saber como é que o Dragão se tornou no vampyro que era. Um excelente guerreiro, mas também alguém bondoso. Foi interessante ver o seu passado e como é que este acabou por influenciar o seu futuro e a sua maneira de estar depois de se tornar vampyro. A autora aproveitou ainda para explicar melhor o porquê do seu nome e a base da sua relação com Anastasia.

Outra coisa que também me deixou surpreendida foi o facto que as autoras terem conseguido dar profundidade às novas personagens apresentadas. Apesar do pouco que se viu deu para perceber as suas personalidades e eu gostei daquilo que vi. Não me importava de ficar a conhecer as peripécias daquela sacerdotisa e da sua amante.

É sem dúvida uma novela interessante que mostra um pouco mais dos personagens que viemos a conhecer e que lhes dá uma nova faceta que não conhecíamos. Gostei.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Opinião - Infinity

Ficha Técnica:
Autor: Rachel Ward
Páginas: 256
Editor: Chicken House
ASIN: B0079IENF4

Sinopse:
Adam, Sarah and little Mia are living together, struggling with the fame of seeing “numbers” – the dates when people will die.

But something is about to tear them apart. During The Chaos, Mia swapped her number for another. Mia’s powerful new ability is highly desirable. Ruthless people are hunting her down. Everyone wants to live for ever ...

The third and final book in the thrilling, bestselling teen sci-fi series.

Opinião:
E chegamos ao fim de mais uma saga. Neste último livro ficamos a saber o que aconteceu depois da catástrofe descrita no final do livro dois. É-nos apresentado um mundo destroçado, caótico, onde não há ordem e cada um tem que lutar pela sua sobrevivência. Do mesmo modo Adam e Sarah lutam por se manterem unidos e incógnitos pois têm receio que além de andarem atrás deles alguém descubra o que se passa com Mia e tente raptá-la para a usar com propósitos maléficos.

Houve mudanças a nível da personalidade dos diferentes intervenientes na história. Adam tornou-se uma pessoa assustadiça, paranóica e com medo de tudo e de todos, e Sarah tornou-se uma pessoa mais calma, mais pacífica e aceitadora. Alguém que parece não ter uma vontade própria como acontecia anteriormente. Todas estas condições são fáceis de aceitar pelo leitor tendo em conta o que aconteceu aos dois protagonistas. No entanto ambos vão ter que ultrapassar as suas dificuldades e superar-se novamente se querem manter Mia protegia.

 Gostei da ideia que a autora concebeu para o vilão. Alguém com um poder semelhante ao de Mia, mas que não tem conhecimento das datas até elas serem trocadas e por isso pretende trocar novamente a sua data com a de outra pessoa, preferencialmente alguém com poder. Mia apesar de ser uma criança de dois anos é alguém bastante inteligente e desenvolvida que se nota ter uma percepção bastante alargada daquilo que se passa à sua volta, o que leva a que no final hajam repercussões para si. E é aqui que a autora acaba por introduzir um twist, de que eu não estava à espera, na forma da filha de Adam e Sarah, que acaba por resolver todos os problemas e mostra que existe sempre uma maneira de nos adaptarmos e de ultrapassarmos as dificuldades.

Gostei do final que a autora deu ao livro. Deu para perceber que muita coisa mudou, mas que a essência dos personagens se mantém e que aquilo que temiam acabou por não passar de um temor. Pelo menos até àquele momento.

Foi um livro que não acrescenta nada de propriamente novo à história. Mas compreendo que a autora quisesse dar um final, uma resolução à situação de Mia. Se bem que a mim não me fazia diferença se a autora tivesse decidido ficar pelo segundo livro. Apesar disso (de não achar o livro imprescindível) achei a história bem conseguida e um final adequado para a trilogia. Para quem leu os restantes e gostou acredito que vá também gostar deste.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Sunday's Quotes (74)

“Because sometimes in life, you just have to stand there and do nothing. Overwhelmed by all the versions of ourselves that exist in our minds—who we want to be, who we should be, who we’re not, and who we are—it’s a jungle that can ensnare your feet and confuse your eyes. But sometimes if you stand still, all those things will snap back into place like a rubber band. And if you can get past the sting, you can keep moving, not quite whole, but held together for the moment.”― Cora Carmack, All Lined Up

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Desafios 2014

2014 foi o primeiro ano em que participei em desafios literários e só tenho a dizer que correu de forma excelente. Posso dizer que dos quatro desafios a que me propus consegui completar todos eles. Um ou outro talvez tenham sido um pouco à pressão, mas a realidade é que consegui terminar todos o que me deixa imensamente satisfeita comigo mesma.

Falando agora dos desafios em si: 

Mount TBR 2014


Foi um dos desafios que mais me custou completar. Só agora no final do mês é que consegui atingir o objectivo e tive que deixar algumas coisas que queria ler para segundo plano de modo a que conseguisse terminar o desafio. Se por um lado é aborrecido não ler aquilo que me apetece por outro lado este desafio obrigou-me a olhar para a minha pilha com outros olhos. Obrigou-me a pegar em livros que se calhar eu não ia pegar porque me apetecia ler sempre livros mais recentes, e que na realidade eram tão bons ou melhores que aquilo que me estava a chamar a atenção na altura. Inicialmente tinha-me proposto a ler três livros meus por mês. Contudo não foi isso que aconteceu. Houve realmente alturas em que li os três livros, outras em que li menos e outras em que li muito mais. Assim sendo considero este desafio um sucesso e para o ano conto participar novamente.

Short Story Literary Challenge


Ler contos foi um hábito que fui adquirindo ao longo deste ano. Normalmente não era o meu tipo de leitura preferido e raramente uma história destas me conseguia encher as medidas. Contudo fui aprendendo a apreciar melhor este tipo de história, a conseguir perceber quando estavam bem construídas. Li contos excelentes e outros não assim tão bons. Este desafio acabou por se conjugar com o Mount TBR pois alguns dos livros que tinha para ler eram antologias e assim juntou-se o útil ao agradável. Mais uma vez este foi um desafio que me encheu as medidas e que me fez crescer enquanto leitora.

2014 Monthly Motif Reading Challenge e Monthly Key Word 2014











Estes foram dois desafios que sempre que possível tentei conjugar. São algo semelhantes na sua concepção e são divertidos porque nos fazem procurar na nossa pilha ou fora dela por livros que se encaixem nas diferentes categorias. Além disso obriga também o leitor a algum processo imaginativo, principalmente o Key Word, para que possamos encontrar palavras derivadas daquelas que nos são fornecidas originalmente. Estes foram sem dúvida os desafios que tiveram uma vertente mais divertida, enquanto os outros dois foram mais utilizados para me "obrigar" a pegar em excelentes livros que tinha cá em casa e para me fazer crescer enquanto leitora. Assim sendo considero estes dois desafios um completo sucesso e em princípio para o ano vão manter-se activos no blog.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Opinião - For Now

Ficha Técnica:
Autor: Chelsea M. Cameron
Páginas: ? (Kindle edition)
Editor: Amazon Digital Services, Inc.
ASIN: B00PBEZWKS

Sinopse:
Two people. A relationship with no commitment. What could go wrong?

Javier Cruz definitely isn’t relationship material, but that suits Hazel Gellar just fine. She’s not a girlfriend girl and doesn’t plan on ever being one.

But after a mind-blowing, bed-breaking night, she knows once isn’t going to be enough. Fortunately, Javi feels the same way. And it's not just the sex. Javi is funny and complicated and Hazel loves being around him, even when he drives her nuts.

Will she and Javi make the choice to be together for longer than just right NOW? Or will their hangups about romance be the end?

Opinião:
For Now pega em personagens que já conhecemos do anterior livro desta série, o misterioso player Javier e a não tão certinha Hazel. Achei que apesar de ser um livro fofinho pecava em algumas coisa. Contudo olhando em retrospectiva, penso que isso se deva principalmente ao facto de ele ser um livro bastante curtinho.

A história começa pouco tempo depois de o Jett e a Shannon terem assumido a sua relação. Tendo em conta que Javi é o melhor amigo de Jett e que a Hazel e a melhor amiga de Shannon é perfeitamente normal que ambos se comecem a dar e a passar mais tempo juntos, no entender de Hazel não é é normal a atracção que ela sente por Javi, tendo em conta que sabe perfeitamente o tipo de pessoa que ele é. Gostei de como a autora desenvolveu a relação de ambos. Aos poucos. Percebe-se que aos poucos Hazel vai-se deixando conquistar por Javier e vai descobrindo um lado mais calmo e sincero deste personagem. Contudo tenho que confessar que não senti uma ligação propriamente forte entre estes dois personagens. Penso que isso esteja relacionado com o tamanho do livro. Apesar de a relação se ter desenvolvido aos poucos não creio que tenham havido momentos marcantes que consolidassem a relação dos personagens.

São também feitas revelações relativamente ao passado de cada personagem e de que modo isto os marcou. Existem semelhanças nos seus passados, apesar de o de Javier ser um pouco mais drástico e sombrio que o de Hazel e apesar de isso facilitar a que Hazel aceite e consiga lidar com o passado de Javier, achei que ela processou tudo muito facilmente, poderia ter havido um pouco mais de drama, de medo, receio. Afinal o passado de Javier ainda pode voltar para os assombrar. Hazel tem também outros medos que são abordados ao longo da narrativa, mas todos eles têm uma resolução rápida. Uma vez mais culpo o tamanho do livro por esta condição. 

Apesar de ser um romance fofinho não se perde grande coisa se não for lido. Mas como também se lê tão rápido não me parece que seja uma completa perda de tempo para quem já leu o livro anterior. 

domingo, 21 de dezembro de 2014

Opinião - Dead and Alive

Ficha Técnica:
Autor: Dean Koontz
Páginas: 400
Editor: HarperCollins Publishers Ltd
ISBN: 9780007203116

Sinopse:
A devastating hurricane approaches New Orleans and Victor Helios, once known was Frankenstein, has unleashed his benighted creatures onto the streets. As New Orleans descends into chaos, his engineered killers spin out of control, and the only hope rests with Victor's first and failed attempt to build the perfect human, whose damned path has led him to the ultimate confrontation with his pitiless creator. But first, Deucalion must destroy a monstrosity not even Victor's malignant mind could have imagined - an indestructible entity that steps out of humankind's collective nightmare with one purpose: to replace us.

Opinião:
Neste terceiro livro continuamos a seguir a tentativa de Deucalion e dos seus associados em destruir Victor. Para isso será necessário entrar no covil do demónio. Esta é uma história repleta de acção desde o início até ao fim. Não existe um único momento em que algo não se esteja a passar. Ao longo da narrativa novos terrores vão sendo apresentados. Novos males que tiveram origem nas criações de Victor, através de mutações e de uma procura pela liberdade.

É sempre um prazer seguir as acções de Deucalion e as suas interacções com os diferentes personagens que vão aparecendo. Deucalion é um ser cheio de sabedoria e com uma maneira muito própria de lidar com as situações. É também impossível ficar indiferente aos detectives___ e ___. Os dois fazem uma equipa interessante e a maneira como lidam um com o outro, as suas personalidades deixam sempre o leitor com um sorriso na cara.

Gostei também do desenvolvimento que o autor deu à Erica V e ao pequeno ser que saiu de Harker no livro anterior. Acabam por ter uma relação quase de mãe e filho. O que é interessante porque supostamente as criações de Victor não são capazes de desenvolver este tipo de sentimentos. No final eles são dos poucos sobreviventes e sentimo-nos bem por eles não terem tido o mesmo final que as restantes criações do Victor.

Este livro representa o fechar de um ciclo. Poderia quase ser o último da série se não fosse pelo twist final que o autor nos apresenta. Pergunto-me como é que o autor vai pegar na ponta solta que deixou e construir uma nova história a partir daí.

Outra coisa extremamente cativante no livro é os diálogos. São carregados de emoções e significados ocultos. Muitas vezes ao longo do livro vemos personagens a debaterem-se com o que é estar vivo e realmente viver. Daí o título Dead and Alive. Mas apenas lendo a história conseguimos perceber e abarcar todo o significado por trás do título.

Sem dúvida um livro fascinante. Estou bastante curiosa para saber o que vai acontecer a seguir. E como é que os personagens vão lidar com isso.

Sunday's Quotes (73)

“No one can make you feel inferior without your consent.”― Eleanor Roosevelt, This is My Story

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Opinião - Duas Irmãs, Um Duque

Ficha Técnica:
Autor: Eloisa James
Título Original: The Duke Is Mine
Páginas: 368
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897261404
Tradutor: Carmo Vasconcelos Romão

Sinopse:
Ele procura a noiva perfeita…

Ele é um duque em busca da noiva perfeita.
Ela é uma senhora… mas está longe de ser perfeita.
Tarquin, o poderoso duque de Sconce, sabe perfeitamente que a decorosa e elegantemente esguia Georgiana Lytton dará uma duquesa adequada. Então, porque não consegue parar de pensar na sua irmã gémea, a curvilínea, obstinada e nada convencional Olivia? Não só Olivia está prometida em casamento a outro homem, como o flirt impróprio, embora inebriante, entre ambos torna a inadequação dela ainda mais clara.
Decidido a encontrar a noiva perfeita, ele afasta metodicamente Olivia dos seus pensamentos, permitindo que a lógica e o dever triunfem sobre a paixão... Até que, na sua hora mais sombria, Quin começa a questionar-se se a perfeição tem alguma coisa a ver com amor.
Para ganhar a mão de Olivia ele teria de desistir de todas as suas crenças e entregar o coração, corpo e alma... A menos que já seja demasiado tarde.

A curvilínea e ousada Olivia e a esguia e discreta Georgiana são gémeas, criadas pelos pais para serem noivas de duques. Tudo parece assegurado até que o futuro marido de Olivia, o tolo Rupert Blakemore, marquês de Montsurrey, faz dezoito anos e declara que «não irá casar até ter alcançado glória militar». Enquanto ele parte para a guerra contra Napoleão, Olivia vai com Georgiana conhecer Tarquin Brook-Chatfield, o viúvo duque de Sconce e possível pretendente de Georgiana. Mas Tarquin encanta-se imediatamente com Olivia, que tem de decidir se irá ou não arriscar desiludir Georgiana e Rupert retribuindo o afeto de Quin. Uma versão inteligente do clássico A Princesa e a Ervilha.

Opinião:
Eu vou deixar de ler sinopses. É que ultimamente parece que todas andam para me induzir em erro. Mas se não leio as sinopses como é que sei do que trata o livro? Enfim... 

Olivia, apesar de fazer parte da classe média, foi educada para ser uma duquesa perfeita. Afinal de contas desde que nasceu que está noiva de um duque. Mas não foi a única, também a sua irmã, Georgiana, foi educada do mesmo modo, caso algo pudesse acontecer a Olivia. Estas duas irmãs gémeas são completamente diferentes, tanto a nível psicológico como físico. Enquanto que Olivia é rechonchuda, gosta imenso de tropelias e diz o que quer e bem lhe apetece, Georgiana é magra, bem comportada e bastante intelectual. Quanto a Quin é alguém muito dado à lógica e com um passado algo trágico que o lançou ainda para mais longe do mundo dos sentimentos.

No geral gostei da ideia da história e dos personagens, mas creio já ter lido melhores livros desta autora. Houve algumas situações que contribuiram para que não tenha sido capaz de apreciar tão bem o livro. Como por exemplo o facto de não ter sentido uma verdadeira conexão entre o Quin e a Olivia. Achei tudo muito físico. Não senti que tenha havido qualquer tipo de momento partilhado que levasse a que realmente se amassem e entendessem. Em contrapartida gostei imenso da relação entre a Olivia e o Rupert. Nota-se que apesar de tudo o que diz e faz Olivia se preocupa genoinamente com Rupert e que tem uma relação algo estranha mas sólida com ele.

Relativamente ao ambiente da história, gostei que se passasse durante a guerra e gostei de ver algumas características da mesma. Se bem que tenha sido tudo muito superficial. Mais uma vez uma autora decidiu usar a guerra como uma saída fácil para que a personagem principal vi-se todos os seus problemas resolvidos e pudesse ficar com o seu amor. Será que nunca são capazes de dificultar verdadeiramente as coisas, de fazer o personagem principal sofrer com real indecisão? De salientar que gostei da analogia que a autora fez com o conto da princesa e da ervilha. Gostei de como a autora introduzio a parte da ervilha na sua história.

Sendo este um daqueles livros chamados romances de cordel não há muito que se possa dizer. É um livro bastante neutro, não tem personagens ou acontecimentos memoráveis, no entanto não deixa de entreter o leitor.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 14 de dezembro de 2014

Mini-Opinião - The Shell Game

Ficha Técnica:
Autor: Janet Evanovich
Páginas: 29
Editor: Bantam
ASIN: B00NDTUAB4

Sinopse:
It was love at first con. Find out how FBI Special Agent Kate O’Hare and con artist Nicolas Fox first met in this exclusive eBook original short story!

Con man Nick Fox is after Garson Klepper’s golden Peruvian relics. For Fox, convincing Klepper to hire him as security for the relocation of the relics to the Getty museum in L.A. was easy. Problem is, Fox wasn’t planning on Klepper also enlisting the help of the FBI. Fox also wasn’t planning on being paired up with rookie special agent Kate O’Hare. She’s smart, she’s tenacious, and when she’s conned, she holds a grudge. Life for Fox and O’Hare will never be the same again.

The Shell Game is a prequel to the riveting series from Janet Evanovich and Lee Goldberg.

Opinião:
Tal como é indicado na sinopse, neste conto ficamos a saber como é que Kate e Nick se ficaram a conhecer. Foi engraçado ver que desde o início Kate sempre se sentiu atraída e motivada por Nick e que ele também sempre lhe achou graça. Gostei também de ficar dentro das circunstâncias de porque é que Kate é a única que o persegue e a única capaz de o apanhar. Achei que era um bom complemento à história que já conhecemos e que torna mais sólida a relação de amor/ódio que Kate sente por Nick.

Sunday's Quotes (72)

“I Know what you meant when you told me she was full of love and brimming over with it. And so innocent that one fears for her. Perhaps we ought not to fear for such people but for ourselves whose experience has taught us not to trust one another or life itself.”― Mary Balogh, Slightly Scandalous

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Opinião - Royal Flash

Ficha Técnica:
Autor: George MacDonald Fraser
Título Original: Royal Flash
Páginas: 272
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896372774
Tradutor: Ester Cortegano

Sinopse:
A sua cobardia só é comparável à sua cara de pau. Harry Flashman tem tudo para ser o maior herói do Império Britânico. E esta é a sua odisseia!

Dos salões vitorianos de Londres às fronteiras exóticas do Império, prepare-se para conhecer o maior herói do seu tempo (raios, de todos os tempos!)

Após o seu regresso do Afeganistão como herói de guerra, Flashman vê-se envolvido com a bela e perigosa Lola Montez e o malévolo Otto Von Bismarck numa batalha de engenhos que irá decidir o destino de um continente. Dando início a uma aventura épica, o nosso galã embrulha-se numa sucessão desesperada de fugas, disfarces, encontros amorosos e combates singulares que atravessam os salões de jogo e masmorras de Londres para culminar nas salas de trono da Europa. Será que os talentos de Flashman irão salvar o nosso sortudo cobarde das garras de Otto Von Bismarck e da bela Lola Montez?

Opinião: 
Eu não percebo. Como é que é possível criar-se uma personagem como o Flashman e fazer-nos gostar dela?

Flashman é a pessoa mais cobarde, mais burgessa e de baixo nível que possa existir. É que ele não quer mais nada a não ser não fazer absolutamente nada. Flash quer sexo com mulheres bonitas, jogos, bebedeiras e diversão. Responsabilidades, grandes feitos, decisões, isso não é nada com ele. Mas a verdade é que tudo o que é confusão lhe vem bater à porta. Por mais que ele se tente esquivar às complicações consegue sempre meter-se numa alhada devido à sua língua grande e gabarolice.

Um dos factos que torna este personagem tão fascinante para mim é o facto de ele ser tão cobarde que consegue sempre arranjar maneira de se safar das situações mais complicadas. Flahs até podia ser inteligente, mas não é. Ele próprio o admite. No entanto é tão medroso que consegue sempre arranjar maneira de ultrapassar os problemas que lhe vão aparecendo só para não ter que sofrer qualquer tipo de consequência. Além disso é impossível não nos sentirmos atraídos por uma pessoa que aceita os seus defeitos, que os apregoa, que consegue tirar partido deles. Com Flash não há subterfúgios, segundas intenções. Pelo menos para com o leitor. Enquanto relata as suas memórias Flash não esconde nada de quem o possa ler.

Quanto às personagens secundárias. O tempo de antena que tiveram foi escasso, mas foram personagens essenciais para o desenvolver da narrativa. Lola e Otto foram pontos chave para que Flash tivesse mais uma aventura e o autor sobe tirar partido dos atributos destes personagens. Gostei também de ___. É uma personagem algo alucinado de uma maneira muito própria e o autor sobe incluir bastante bem essa loucura na história. Se bem que na realidade quase toda a gente com que o Flashman se cruza é algo alucinada...

Gosto também dos paralelismos que vão sendo feitos com a realidade histórica tal como a conhecemos. É engraçado ver como tudo roda à volta do Flash e de como tudo se resolve devido às suas decisões. Ele é definitivamente um personagem bastante egocêntrico...

Uma série fantástica, da qual tenho bastante pena. Não vai ser terminada devido às poucas vendas e por isso para a maior parte dos portugueses vai continuar no desconhecimento quando é uma obra fenomenal. Aconselho vivamente.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Opinião - Racing Savannah

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Páginas: 304
Editor: Sourcebooks Fire
ASIN: B00D2XA37C

Sinopse:
They’re from two different worlds.

He lives in the estate house, and she spends most of her time in the stables helping her father train horses. In fact, Savannah has always been much more comfortable around horses than boys. Especially boys like Jack Goodwin—cocky, popular and completely out of her league. She knows the rules: no mixing between the staff and the Goodwin family. But Jack has no such boundaries.

With her dream of becoming a horse jockey, Savannah isn’t exactly one to follow the rules either. She’s not going to let someone tell her a girl isn’t tough enough to race. Sure, it’s dangerous. Then again, so is dating Jack…

Opinião:
Este é, sem dúvidas,o melhor livro que li da autora até à data. Racing Savannah tem personagens interessantes e uma história bem construídas.

savannah é uma rapargia que vem de um meio pbre, sendo que o seu maior sonho é trabalhar com cavalos. Quando o seu pai se muda com ela e a namorada grávida para a quinta dos Goodwin os horizontes de Savannah começam  a expandir-se e as coisas começam a mudar. Muitas dessas mudanças são devido a Jack, que constantemente apoia Savannah e he mostra que uma pessoa deve querer sempre mais.

Gostei do modo como a autora caracterizou os personagens. Savannah é alguém que se recente do pai, por os ter colocado numa situação difícil, e também se recente dos ricos, pois acha que todos eles só se preocupam com o dinheiro sem ter em conta a segurança dos animais e das pessoas. Jack é o filho do dono da quinta e nesse ano está encarregado de gerir a quinta, dando provas ao pai de que merece a sua confiança. Jack é alguém que dá muito valor à família, às regras e qeu tenta smepre escolher a melhor opção. Tanto Jack como Savannah vão aprender coisas um com o outro, como por exemplo o facto de que por vezes devemos ser egoístas e lutar por aquilo que queremos mesmo que possamos magoar alguém, ou então o facto de que não devemos considerar que toda a gente é igual só porque têm algumas características em comum.

A autora fez um trabalho bastante bom na caracterização dos personagens e também os fez coerentes ao longo de toda a narrativa. O modo como desenvolveu a história está bem pensada. Tudo aconteceu no momento certo, não senti que a autora estivesse a enrolar ou a passar tudo muito depressa.

Voltamos a ver antigos personagens e como eles se relacionam uns com os outros. É engraçado ver como as gerações anteriores se dão com as mais novas e como é que os seus caminhos se interligam.

Posso dizer que me sinto contente por ter vindo a dar várias oportunidades à autora. Valeu a pena pelo ponto a que a autora chegou. Espero sinceramente que o próximo livro seja tão bom como este.


domingo, 30 de novembro de 2014

Sunday's Quotes (71)

“Becoming fearless isn't the point. That's impossible. It's learning how to control your fear, and how to be free from it.”― Veronica Roth, Divergent

sábado, 29 de novembro de 2014

Opinião - A Cor da Magia

Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: The Color of Magic
Páginas: 254
Editor: Temas e Debates
ISBN: 9789727595549
Tradutor: Mário Dias Correia

Sinopse:
Nesta primeira aventura, Twoflower, um turista ingénuo, chega ao Discworld - um estranho mundo apoiado na carapaça de uma tartaruga gigante -, com o intuito de conhecer um bárbaro autêntico. Traz consigo uma mala cheia de ouro (o ouro não tem muito valor na sua terra) que se desloca através de centenas de perninhas e tem poderes mágicos. À chegada, conhece Rincewind, um feiticeiro cobarde e desastrado que escolhe como guia e protector. Mas o resultado não podia ser pior: durante a expedição, ambos terão de enfrentar todo o tipo de perigos e criaturas mirabolantes, incluindo ladrões "sindicalizados" que tentam constantemente roubar a mala de Twoflower, trolls, dragões, a Morte, o espaço e, claro... também o bárbaro que procuravam.

"A Cor da Magia" é uma aventura psicadélica num mundo mítico, cheia de ritmo e humor, que promete conquistar muitos adeptos.

Opinião:
A Cor da Magia foi o primeiro livro escrito por Pratchett no universo Discworld. Acredito que quando o livro saiu pela primeira vez muita gente tenha estranhado a sua concepção. Afinal um mundo plano que se desloca pelo universo suportado por 4 elefantes que por sua vez se encontram sobre uma tartaruga gigante não é de todo a primeira ideia que surge ao leitor comum. No entanto todo o o mundo criado por Pratchett é baseado em factos incomuns. Normal não é, de todo, a palavra de ordem no Discworld, onde tudo aquilo que consideramos não plausível ali o é.

Em A Cor da Magia seguimos a história de Rincewind e Twoflower, o primeiro o maior cobarde de que há memória e o segundo o primeiro turista que alguma vez existiu no Discworld. Rincewind é um personagem interessante e ao mesmo tempo exasperante devido à sua cobardia. Ele sabe que o é, não tem problemas em o dizer e de fugir sempre que tem a oportunidade. No entanto quando fugir não é possível ele consegue arranjar uma maneira igualmente cobarde de se safar do problema. Isto porque apesar de Rincewind ser um feiticeiro a verdade é que só sabe um feitiço (apesar de não saber qual). Todos os outros lhe fogem da cabeça com medo. Twoflower é um personagem algo passivo e algo irritante devido ao seu optimismo. É difícil de perceber como é que alguém pode ser tão optimista e não perceber quando as coisas estão realmente mal ou são perigosas. Há alturas em que dá vontade de o abanar.

Apesar de terem tido muito pouco tempo de antena, gostei das partes em que Pratchett nos deixava ver as acções dos Deuses e como os seus jogos influenciavam as peripécias dos nossos dois personagens principais.

O humor do autor é constante ao longo de toda a narrativa, e se em determinadas alturas este é mais directo e fácil de reconhecer outras vezes é necessário estar atento para perceber a piada que o autor está a tentar fazer.

Houve essencialmente um ponto que me fez perder algum interesse no livro e que por isso tornou a sua leitura mais lenta, o facto de que muitas vezes havia saltos temporais e espaciais na linha de acontecimentos dos nossos personagens e eu deixava de perceber muito bem onde estávamos, como lá tínhamos chegado e o que estávamos lá a fazer. Eventualmente acabava por perceber, mas ao início sentia-me sempre um pouco perdida.

Quanto ao final do livro, deixa tudo um pouco em aberto e tenho curiosidade em saber como é que vão buscar o Rincewind tendo em conta que ele supostamente se perdeu no universo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Opinião - As Raparigas Cintilantes

Ficha Técnica:
Autor: Lauren Beukes
Título Original: The Shining Girls
Páginas: 344
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720044969
Tradutor: Cristina Paixão

Sinopse:
Ele é o assassino perfeito. Imparável. Impossível de identificar. Pensa ele… CHICAGO, 1931: Harper Curtis,um vagabundo paranóico e violento, dá de caras com uma casa que possui um segredo tão chocante como a natureza distorcida de Curtis: permite o acesso a outras épocas. Ele usa-a para perseguir as suas raparigas cintilantes – e tirar-lhes o brilho de uma vez por todas.
CHICAGO, 1992: Diz-se que o que não nos mata nos faz mais fortes. Experimente dizê-lo a Kirby Mazrachi, cuja vida ficou devastada depois de sofrer uma brutal tentativa de assassínio. Continua a tentar encontrar o agressor, tendo como único aliado Dan, um ex-repórter de crime que cobrira o seu caso anos antes. À medida que prossegue a sua investigação, Kirby descobre as outras raparigas, as que não sobreviveram. Os indícios apontam para algo… impossível. Mas para alguém que devia estar morto, impossível não quer dizer que não aconteceu…

Opinião:
As Raparigas Cintilantes é um livro interessante na medida em que mistura policial e também fantasia ou ficção científica. O livro em si pretende ser mais um policial ou thriller, em que o vilão é um bocadinho para o alucinado e tira um prazer mórbido dos assassinatos que comete. No entanto a autora dá-lhe um twist algo diferente ao trazer para a mistura uma casa que tem a capacidade de fazer o vilão viajar no tempo, permitindo-lhe perseguir as suas raparigas cintilantes ao longo do tempo de forma a poder cometer os crimes na altura em que os mesmos são devidos.

Por um lado gostei bastante da premissa do livro. A ideia da casa que tem propriedades "mágicas", o modo como os acontecimentos se encadeiam, com os primeiros assassinatos a acontecer mais tarde no tempo e vice-versa. É um pouco assustador, no final, ver como tudo se interliga num ciclo que parece não ter fim. Gostei ainda da caracterização dos personagens, desde os heróis aos vilões. A Kirby é alguém muito especial, não só por quase ter morrido, mas também por tudo aquilo que passou e ultrapassou quando era uma criança. Gostei bastante da sua personalidade determinada e da sua língua comprida. Gostei do Dan e de como a sua relação com a Kirby o afecta e como é que ele lida com isso. Contudo o personagem que mais atenção merece é sem dúvida Harker. O homem é doentio e a autora consegue transmitir-nos essa sensação bastante bem. Além disso a sua lógica e raciocínio são assustadores, sendo que ao mesmo tempo deixam o leitor agarrado à narrativa.

No entanto houve coisas que também me desagradaram e influenciaram bastante para o facto de não ter gostado do livro tanto como poderia. Uma dessas coisas é a maneira algo confusa como nos são apresentadas as diferentes personagens as diferentes raparigas cintilantes. Além das datas na página achei que poderia ter havido um maior cuidado a ligar as histórias e em situar o leitor no tempo histórico e no tempo da narrativa. Também não gostei do facto de a autora não ter desenvolvido mais acerca da casa. O que é ela, de onde vinha, qual o seu propósito? Apenas sabemos que ela existe e trabalha de certo modo, mas isso na minha opinião não é suficiente. Por fim, o final. Se por um lado gostei por causa da ideia de ciclo que nos transmite por outro lado ficamos sem saber muito bem o que aconteceu com os personagens, É um final algo em aberto.

Este é um daqueles livros que me deixa dividida e que não sou capaz de dizer se vale a pena ser lido ou não. Acho que vai depender muito do gosto de cada pessoa e do estado de espírito.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um Prémio Merecido e um Discurso Brilhante

Uma das minhas autoras preferidas, Ursula K. Le Guin, ganhou recentemente um prémio bastante conceituado, o Medal for Distinguished Contribution to American Letters, nos National Book Awards. Fiquei bastante contente e não posso de transcrever o discurso que a autora deu ao receber o prémio (retirado daqui):
Thank you Neil, and to the givers of this beautiful reward, my thanks from the heart. My family, my agent, editors, know that my being here is their doing as well as mine, and that the beautiful reward is theirs as much as mine. And I rejoice at accepting it for, and sharing it with, all the writers who were excluded from literature for so long, my fellow authors of fantasy and science fiction—writers of the imagination, who for the last 50 years watched the beautiful rewards go to the so-called realists. 

I think hard times are coming when we will be wanting the voices of writers who can see alternatives to how we live now and can see through our fear-stricken society and its obsessive technologies to other ways of being, and even imagine some real grounds for hope. We will need writers who can remember freedom. Poets, visionaries—the realists of a larger reality. 

Right now, I think we need writers who know the difference between the production of a market commodity and the practice of an art. Developing written material to suit sales strategies in order to maximize corporate profit and advertising revenue is not quite the same thing as responsible book publishing or authorship. (Thank you, brave applauders.)
Yet I see sales departments given control over editorial; I see my own publishers in a silly panic of ignorance and greed, charging public libraries for an ebook six or seven times more than they charge customers. We just saw a profiteer try to punish a publisher for disobedience and writers threatened by corporate fatwa, and I see a lot of us, the producers who write the books, and make the books, accepting this. Letting commodity profiteers sell us like deodorant, and tell us what to publish and what to write. (Well, I love you too, darling.) 

Books, you know, they’re not just commodities. The profit motive often is in conflict with the aims of art. We live in capitalism. Its power seems inescapable. So did the divine right of kings. Any human power can be resisted and changed by human beings. Resistance and change often begin in art, and very often in our art—the art of words.
I have had a long career and a good one. In good company. Now here, at the end of it, I really don’t want to watch American literature get sold down the river. We who live by writing and publishing want—and should demand—our fair share of the proceeds. But the name of our beautiful reward is not profit. Its name is freedom. 

Thank you.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Opinião - Os Inocentes

Ficha Técnica:
Autor: Taylor Stevens
Título Original: The Innocent
Páginas: 352
Editor: Topseller
ISBN: 9789898626448
Tradutor: ?

Sinopse:
Vanessa «Michael» Munroe trabalha com informação. Após fugir a uma infância traumática, a sua aprendizagem e o seu treino permitem-lhe obter todo o tipo de informações, independentemente do cenário ou do país onde se encontre. Por isso, é agora contratada por empresas, instituições ou privados que pagam os seus serviços únicos no mundo.
Destacada para uma missão de alto risco, Vanessa tem de resgatar Hannah, uma rapariga de treze anos, da sua reclusão no seio de uma fanática comunidade religiosa conhecida como «Os Eleitos».
O processo de libertação de Hannah vai resultar em situações complexas e perigosas, mas, com a ajuda do especialista em segurança Miles Bradford, vai também permitir uma nova vida para esta heroína intrigante e com um passado devastador. O lado mais violento e instintivo de Vanessa irá revelar-se em nome da justiça: matar pode não ser necessariamente mau, se houver inocentes envolvidos.

Opinião:
Em Os Inocentes, Taylor Stevens volta a surpreender. Oito meses após o último trabalho as coisas não correm muito bem para a nossa protagonista. A última missão em África afectou a estabilidade emocional de Michael e o facto de estar numa fase de laser também não ajuda a calar os pensamentos e os sonhos que a consomem. Assim sendo não há muito que hesitar quando Logan lhe propõe um trabalho.

O livro tem bastantes pontos fortes, desde a história, ao desenvolvimento do enredo e aos personagens. Relativamente à história esta centra-se numa comunidade religiosa. , comunidade essa com características muito distintas. Ao longo da narrativa a autora vai apresentando ao leitor como é que a comunidade é organizada, como é que é que funciona  e como é que influência a vida das pessoas que nele participam, bem como a vida daqueles que decidiram fugir dele. Isto porque há coisas, acontecimentos que nos perseguem toda a vida. A autora poderia ter explorado um pouco mais tudo o que volve acerca da comunidade, no entanto o pouco que nos mostra acaba por ser suficiente tendo em conta que existem outras situações que nos prendem a atenção.

Nomeadamente a Michael, que nos prende a atenção ao longo de toda a narrativa devido a tudo o que se passa com ela. É fantástico seguir tudo aquilo porque ela passa, os demónios interiores que combate, os seus medos e receios, até finalmente ser capaz de se aceitar por quem e pelo que é.  Acredito que seja complicado para o personagem lidar com o facto de a violência ser algo que se manifesta facilmente em si e que ainda por cima tenha a capacidade de causar danos com essa violência. Principalmente tendo em conta que é uma pessoa com princípios e valores.

A autora imprimiu um bom ritmo à história, não houve um único momento em que sentisse que a história se arrastava. Houve uma altura em que vi que a história estava a terminar e ainda haviam algumas páginas até ao final, nessa altura tive algum receio que a autora fosse enrolar, o que não aconteceu.

Em suma, foi uma leitura bastante agradável e interessante. Recomendo aos amantes do género.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Opinião - Things I Can't Forget

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Páginas: 308
Editor: Sourcebooks Fire
ASIN: B00A2XV7EI

Sinopse:
Companion to Catching Jordan and Stealing Parker.

Kate has always been the good girl. Too good, according to some people at school—although they have no idea the guilty secret she carries. But this summer, everything is different…

This summer she’s a counselor at Cumberland Creek summer camp, and she wants to put the past behind her. This summer Matt is back as a counselor too. He’s the first guy she ever kissed, and he’s gone from a geeky songwriter who loved The Hardy Boys to a buff lifeguard who loves to flirt…with her.

Kate used to think the world was black and white, right and wrong. Turns out, life isn’t that easy…

Opinião:
Em Things I Can't Forget conhecemos Kate e Matt. Kate é uma daquelas raparigas que foi criada por uma família algo convencional, com uma grande crença em Deus e na fé católica. Ao mesmo tempo é uma rapariga extremamente artística e dotada, o que acaba por ser uma forma de escape para os seus problemas. Matt é um rapaz mais descontraído, que adora o exercício físico e tudo o que ele implica. Apesar das suas diferenças estes dois personagens conhecem-se num campo de férias para crianças católicas e começam a conhecerem-se aos poucos.

O livro foca-se essencialmente na relação de Kate com Deus e com os outros e de como o facto de acreditar piamente naquilo que está na Bíblia a influência por vezes negativamente. Ao longo de toda a narrativa Kate vê-se numa luta interior, sobre como se manter fiel aos seus príncipios e ao mesmo tempo aceitar e dar-se com pessoas que não os seguem de uma forma tão intensa como ela. Toda a situação se torna ainda mais complicada quando o seu corpo se vira contra a própria e esta não sabe o que fazer. Relativamente ao Matt, acaba por não haver muito a dizer pois não foi um personagem que tenha tido que ultrapassar algum problema. Na fase em que o encontramos ele já passou por essa fase e encontrou equilíbrio.

Foi extremamente engraçado ver o casal anterior neste livro e ver como eles evoluíram como casal. Além de que a autora aproveitou para continuar a levar os personagens para o seu final feliz. Nota-se que a Parker cresceu imenso tornando-se importante no crescimento de Kate enquanto pessoa.

Se mais uma vez houve algo que me desagradou foi o livro focar-se tanto em Deus e na religião. No entanto não posso deixar de admitir que a autora fez um bom trabalho com a situação que nos apresentou levando os personagens a bom porto. 

Penso que a autora está no bom caminho e nota-se uma evolução nos seus enredos e na criação dos personagens. Assim sendo irei continuar a seguir a série.

domingo, 16 de novembro de 2014

Opinião - Stealing Parker

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Páginas: 251
Editor: Sourcebooks Fire
ASIN: B007ZI0384

Sinopse:
Red-hot author Miranda Kenneally hits one out of the park in this return to Catching Jordan's Hundred Oaks High.

After a scandal rocks their conservative small town, 17-year-old Parker Shelton goes overboard trying to prove that she won't turn out like her mother: a lesbian. The all-star third-baseman quits the softball team, drops 20 pounds and starts making out with guys--a lot. But hitting on the hot new assistant baseball coach might be taking it a step too far...especially when he starts flirting back.

Opinião:
O livro anterior que li da autora não me cativou de todo. No entanto achei que deveria dar uma 2ª oportunidade à autora e sinto-me orgulhosa por dizer que fiz bem. Apesar de não poder dizer que adorei o livro, confesso que o achei melhor que o anterior, tanto a nível de história como de personagens.

Gostei da Parker, a sua personalidade e modo como lida com as coisas. Gostei de como a autora construiu um passado credível para a personagem e como esse passado a influência no presente. Senti que as suas atitudes eram justificadas e o modo como foi ultrapassando os problemas mostra que o que lhe acontece ao longo do livro serviu para crescer. Gostei também de Will e de como o vamos conhecendo. Percebe-se que realmente se preocupam um com o outro e que não é apenas algo físico.

Não gostei que a autora tivesse caído no erro de utilizar o cliché do triângulo amoroso. Acho que poderia ter optado por outra situação que tivesse trazido dificuldades à relação do casal. Outra coisa que me fez alguma confusão foi o livro volver tanto à volta da religião. É algo que me irrita solenemente. Os autores tentarem justificar os comportamentos e acções dos seus personagens com o que a igreja diz. Contudo acho que a culpa também foi do modo como a autora descreveu a igreja onde a Parker costuma ir. Detesto gente mesquinha...

Outros pontos positivos foram os personagens secundários. O Drew é fantástico e é alguém por quem torcemos para que consiga ter o seu final feliz. Gostei também do modo como a autora nos apresenta a relação de Parker com Deus. As pequenas notas que ela escreve e das quais se desfaz, acho o conceito interessante.

Sem dúvida que vou continuar a ler a autora para ver a que patamar ela consegue chegar.

Sunday's Quotes (69)

“Absence is a house so vast that inside you will pass through its walls and hang pictures on the air.”― Pablo Neruda

sábado, 15 de novembro de 2014

Opinião - Breath, Annie, Breath

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Páginas: 320
Editor: Sourcebooks Fire
ASIN: B00JPPNT68

Sinopse:
Annie hates running. No matter how far she jogs, she can’t escape the guilt that if she hadn’t broken up with Kyle, he might still be alive. So to honor his memory, she starts preparing for the marathon he intended to race.

But the training is even more grueling than Annie could have imagined. Despite her coaching, she’s at war with her body, her mind—and her heart. With every mile that athletic Jeremiah cheers her on, she grows more conflicted. She wants to run into his arms…and sprint in the opposite direction. For Annie, opening up to love again may be even more of a challenge than crossing the finish line.

"Breathe, Annie, Breathe is an emotional, heartfelt, and beautiful story about finding yourself after loss and learning to love. It gave me so many feels. Her best book yet." — Jennifer Armentrout, New York Times bestselling author of Wait for You

Opinião:
Breath, Annie, Breath foi uma viagem alucinante desde o início até ao fim.

Os personagens principais são Annie e Jeremiah (ou Jere), mas uma vez mais temos direito ao aparecimento de outros personagens. Penso que até agora a história de Annie seja uma das mais trágicas e mais difíceis de ultrapassar. Como é que se ultrapassa a morte da pessoa que mais amamos? Annie tenta ultrapassar a perda cumprindo a última vontade de Kyle, correr a maratona e chegar à meta. Para isso Annie inscreve-se num curso de corrida leccionado por Matt (Things I Can't Forget). É aqui que conhece Jere, o irmão de Matt.

O plano que Matt faz para que Annie siga até conseguir atingir o seu objectivo é também um plano que funciona para o seu crescimento. Com cada nova corrida, com cada nova meta a atingir, Annie vai também ultrapassando barreiras na sua vida, fazer amigos, abrir-se com eles, abrir-se com a mãe, aceitar que há sempre mais na vida, que não podemos ter medo de viver por nos podermos magoar porque depois pode ser tarde de mais.

Uma vez mais é fácil não falar do personagem masculino, não por ele não estar bem caracterizado ou não se interessante, mas porque não é ele que tem que crescer. Ele funciona como a alavanca que dá o impulso para que Annie se comece a desenvolver e se comece a libertar do passado. Afinal ele é alguém que vive no limite, sempre à procura de novos desafios e novas emoções. Ao contrário do que aconteceu nos livros anteriores, consigo relacionar-me tanto com a personagem feminina como com a masculina. No caso de Annie percebo perfeitamente aquilo que sente quando corre, a sensação de paz, o ter o pensamento focado no próximo passo e em nada mais. Já no caso de Jere percebo o seu vívio na adrenalina. A necessidade de se sentir sempre no limite.

Como não podia deixar de ser foi fantástico ver antigos personagens e ver onde as suas escolhas os levaram. Este livro esteve ao nível de Racing Savannah e só espero que a autora consiga manter a qualidade da escrita, não regredindo para o nível de um dos três primeiros livros.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Opinião - Floresta é o Nome do Mundo

Ficha Técnica:
Autor: Ursula K. Le Guin
Título Original: The Word for World Is Forest
Páginas: 132
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721009127
Tradutor: J. Teixeira de Aguilar

Sinopse:
Obra galardoada simultaneamente com os prémios Hugo e Nébula

O mundo é sempre novo, por mais velhas que as suas raízes sejam

Nesta soberba e premiada obra, a escritora de ficção científica mais apreciada da actualidade conta-nos a história do dócil povo de um mundo pacífico, e de como esse povo é invadido pelos sanguinários Umenos.
E de como resiste, lutando.
E de como vence.

Opinião:
Uma vez mais Urusla K. Le Guin escreveu uma obra fenomenal. Neste livro o principal foco da autora é o que acontece quando duas raças diferentes se cruzam , ou melhor, como é que uma sociedade com dterminadas crenças ou modo de estar influência ou se deixa influenciar por outra sociedade com crenças e maneiras de estar diferentes.

Nova Tahiti é uma colónia terrena, num mundo completamente coberto por floresta, cujos habitantes são pequenos homens e mulheres cobertos de pelagem verde. Ao contrário dos humanos, estes seres têm a capacidade de sonhar quando querem e controlar esses sonhos. Assim sendo o pouco tempo que dormem é sem sonhos. Devvido a esta características os humanos percebem os Asthetianos como raça inferior, sem inteligência, pois parecem andar sempre adormecidos.

Na realidade os Asthetiano são uma sociedade bem desenvolvida e extremamente estruturada. Pode-se considerar que sejam quase uma comunidade utópica epla maneira como se relacionam e pelos mecanismos que utilizam para lidar com sentimentos mais negativos. Contudo a chegada dos humanos traz alterações a esta sociedade. alterações essas para pior. A autora uma vez mais mostra-nos uma crítica à sociedade feita de uma maneira inteligente e subtil. Uma vez mais deparamo-nos com uma sociedade que só pensa no ganho e em si. Menosprezando os outros e os seus conhecimentos, recorrendo à força para submeter os que eles considerram inferiores. Ao fazê-lo apresentam uma nova maneira de estar, introduzem um novo modo de lidar com situações desagradáveis, ensianm o que é a guerra a uma sociedade que resolvia os seus problemas de forma pacata.

Foi uma autêntica dor ver aquilo que os Asthetianos eram e ver aquilo que a relação com os humanos lhes fez As alterações produzidas na sociedade Asthetiana devido a este contacto chocam o leitor e despertam uma sensação de tristeza por ver-mos uma sociedade tão bela a ser maculada. Mais triste ainda é ver que essas alterações vão ficar impressas na sociedade destruindo o equilíbrio que anteriormente a governava.

Mais um livro digno de nota e de leitura obrigatória.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Opinião - Um Caso Perdido

Ficha Técnica:
Autor: Colleen Hoover
Título Original: Hopeless
Páginas: 352
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626509
Tradutor: ?

Sinopse:
Preferia saber a verdade, ainda que isso fizesse de si um caso perdido, ou continuar a viver uma mentira? Quando Sky conhece Dean Holder no liceu, um rapaz com uma reputação tão duvidosa quanto a dela, sente-se aterrorizada, mas também cativada. Há algo naquela figura que lhe traz memórias do seu passado mais profundo e perturbador. Um passado que ela tentou por tudo enterrar dentro da sua mente. Ainda que Sky esteja determinada a afastar-se de Holder, a perseguição cerrada que ele lhe dedica, bem como o seu sorriso enigmático, fazem-na baixar as defesas, e a intensidade da relação entre os dois cresce a cada dia. Mas o misterioso Holder também guarda os seus segredos, e, quando os revela a Sky, ela vê-se confrontada com uma verdade tão terrível que pode mudá-la para sempre. Será Sky quem ela pensa que é? E será que os dois conseguirão sarar as suas feridas emocionais e encontrar um modo de viver e amar sem limites? Um Caso Perdido (Hopeless) é um romance intenso que o irá comover e arrebatar, ao mesmo tempo que o fará recordar o seu primeiro amor.

Opinião:
Apesar de este livro ser considerado um romance digo desde já que não o considero como tal. considero-o mais como um livro em que a adolescente protagonista tem um caminho a percorrer até se encontrar e no caminho descobre o seu amor.

Sky é uma adolescente como as outras, que procura o oblívio na sua relação com os rapazes, apesar de não da maneira a que estamos habituados. Tenho que confessar que ao longo da narrativa tive que me lembrar por diversas vezes que ela era uma rapariga de 17 anos sem muita experiência no mundo "normal". é uma personagem algo tontinha, o que me irritou um pouco. gosto de personagens com um pouco mais de cabeça.

O livro é basicamente a descoberta de Sky de si mesma. O tentar perceber o porquê da sua apatia para com os rapazes excepto o Holder e o porquê de determinadas memórias. Será então Holder qeua a vai ajudar nessa descoberta, pois há coisas que ele sabe e que irá revelar acerca do passado de Sky. Gostava de ter visto mais de alguns personagens secundários, como Six e Breckin, pois pareceram-me mais interessantes que sky. Quanto ao Holder, o outro protagonista, a verdade é que não me aqueceu nem me arrefeceu. Achei-o muito básico e sem características especialmente cativantes.

No geral achei que o livro ficava muito aquém das expectativas e daquilo a que se propunha. Há leituras Young Adult muito melhor estruturadas e cativantes, com personagens melhor estruturados.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Opinião - Os Despojados I e II

Ficha Técnica:
Autor: Ursula K. Le Guin
Título Original: The Dispossessed
Páginas: 156 + 156
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721006126 e 9789721006133
Tradutor: Maria Freire da Cruz

Sinopse:
I

No seu romance mais ambicioso e profético, Ursula K. Le Guin realizou um espantoso tour de force: a arrebatadora história de Shevek, um físico brilhante que tenta reunir sozinho dois planetas, separados um do outro por séculos de desconfiança.

Anarres, a pátria de Shevek, é uma lua árida, colonizada por uma civilização anarquista utópica: Urras, o planeta-mãe, é um mundo muito semelhante à Terra, com as suas nações beligerantes, grande pobreza e imensa riqueza. Shevek arrisca tudo numa corajosa visita a Urras - para aprender, para ensinar, para partilhar. Mas a sua dádiva transforma-se em ameaça... e no conflito profundo que daí resulta, Shevek é forçado a reexaminar a sua filosofia de vida.


II

Eis que chegámos à segunda e última parte de Os Despojados. Assistimos na primeira parte à ida de Shevek para Urras, um planeta muito semelhante à Terra, com as suas nações beligerantes, grande pobreza e imensa riqueza.

Nesta segunda parte, Ursula K. Le Guin descreve-nos o conflito profundo de Shevek perante uma realidade completamente diferente do seu planeta-pátria, Anarres, dominado por uma civilização anarquista utópica.

Um romance profético e um espantoso tour de force da notável escrita de Ursula K. Le Guin, considerada pela crítica internacional uma escritora inteligente e excelente.

Opinião:
E mais uma vez me deparo com uma situação quase impossível, dar uma opinião acerca de um livro desta senhora. Ursula K. Le Guin escreve de uma maneira fenomenal. Os seus livros não são simples obras de ficção científica, são obras em que os planetas e civilizações criados servem, simplesmente, para fazer um retrato das características da nossa sociedade.

A autora é extremamente hábil ao fazê-lo. É discreta, escreve aquilo que tem que escrever com mestria. As suas mensagens e intenções não nos gritam aos ouvidos, não fazem um alarde de si mesmas. São subtis, infiltram-se peças nossas barreiras psicológicas. Vamo-nos apercebendo daquilo que estamos a ler aos poucos.

Neste livro (porque na realidade é apenas um) a autora apresenta-nos dois mundos muito diferentes, Anarres e Urras. Anarres é a lua de Urras e é habitado por revolucionários que vieram de Urras. Em Anarres não existe um governo, não existem hierarquias, não existe poder. A única "lei" que existe é a entre-ajuda. Cada um deverá contribuir e ajudar a sociedade. Nada é de ninguém. Não existe dinheiro, mas sim um sistema de trocas, o dar e receber. O egoísmo é proibido, qualquer pensamento ou acção que possa prejudicar a sociedade de Anarres e considerada egoísta. Já em Urras existe hierarquia, poder, dinheiro. Ao contrário de Anarres, existe abundância de comida e condições de vida em Urras.

No entanto nem tudo é o que parece. Aos poucos, Shevek, o nosso protagonista, comoeça a aperceber-se que em ambos os planetas existem coisas que não funcionam. Talves por Urras ter um funcionamento tão semelhante ao nosso, foi mais fácil para mim perceber que faltava algo. Flatava o contraste ao luxo, e este acabou por se mostrar de uma forma atroz. Já em Anarres a percepção do que está mal é mais subtil. Mas aos poucos, tanto Shevek como o leitor começam a perceber que o que é chamado egoísmo é uma desculpa para que as pessoas e a sociedade estagnem no tempo.

Supostamente em Anarres as pessoas são livros, mas não livres para pensarem e se dedicarem ao que querem se isso interferir com aquilo que a sociedade acha correcto. Ao mesmo tempo começa a existir um poder subentendido nas mãos de algumas pessoas, o que prova que por muito que tentemos, há sempre alguém que tenta exercer a sua vontade e sabedoria sobre os outros.

Mais um livro excelente que merece ser lido e relido.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Opinião - Fall from India Place

Ficha Técnica:
Autor: Samantha Young
Páginas: 352 (Kindle Edition)
Editor: NAL
ASIN: B00GMY6YXU

Sinopse:
The New York Times bestselling author of On Dublin Street and Down London Road returns with a story about letting go of the past and learning to trust in the future…

When Hannah Nichols last saw Marco D’Alessandro, five long years ago, he broke her heart. The bad boy with a hidden sweet side was the only guy Hannah ever loved—and the only man she’s ever been with. After one intense night of giving into temptation, Marco took off, leaving Scotland and Hannah behind. Shattered by the consequences of their night together, Hannah has never truly moved on.

Leaving Hannah was the biggest mistake of Marco’s life, something he has deeply regretted for years. So when fate reunites them, he refuses to let her go without a fight. Determined to make her his, Marco pursues Hannah, reminding her of all the reasons they’re meant to be together.…

But just when Marco thinks they’re committed to a future together, Hannah makes a discovery that unearths the secret pain she’s been hiding from him, a secret that could tear them apart before they have a real chance to start over again….

Opinião:
Cinco anos passaram desde o último livro. Joss e Braden têm dois filhos, Ellie e Adam têm um e a caminho o segundo. Jo vai ter o seu primeiro filho e Liv e Nate têm também dois filhos. A família destes casais pode ter crescido, mas o amor entre os seus pares e a amizade entre o grupo foi coisa que não se alterou.

Contudo esta história é acerca de Hannah, a irmã mais nova de Braden, que é agora professora. O amor da vida da Hannah já o conhecíamos dos livros anteriores, Marco, pois Hannah já o conhecia nessa altura e sempre gostou dele.

Este foi possivelmente o livro que menos gostei. Não é que não tenha cenas pesadas e emocionantes, ou que os personagens não tenham tido que ultrapassar os seus problemas até ao Happy Ever After, nem tão pouco teve a ver com achar a caracterização dos personagens inferiores à dos livros anteriores. O facto de não ter gostado tanto deste livro deveu-se ao facto de achar que a autora não soube escrever tão bem a Hannah. Se logo ao início ela supostamente está zangada e as suas atitudes estão de acordo com isso, a verdade é que eu não senti que o personagem estivesse realmente zangado. Era mais como se ela agisse assim porque era isso que se espera dela. em contrapartido a partir de uma certa altura a personagem torna-se quase irracional na sua zanga e atitudes e o leitor sente que assim é. contudo a autora não foi capaz de me fazer sentir que esta fúria e irracionalidade eram justificadas.

Não quero com isto dizer que não gostei do livro, como indiquei anteriormente tudo o resto no livro me agradou e houve até alturas em que tive que conter uma lagrimazita. No entanto devido ao "contratempo" mencionado em cima não fui capaz  de gostar tanto do livro como dos anteriores.

Fico agora a aguardar o próximo acerca do Cole e que se passa ainda mais anos à frente deste. Afinal ele aparece bastante neste livro e aprece ter-se tornado alguém bastante interessante e fascinante. Foi sem dúvida maravilhoso voltar a rever todos os personagens.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Opinião - O Prestígio

Ficha Técnica:
Autor: Christopher Priest
Título Original: The Prestige
Páginas: 314
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896370527
Tradutor: ?

Sinopse:
O Prestígio é uma história de segredos obsessivos e curiosidades insaciáveis. Actuando nas luxuosas salas de espectáculos vitorianas, dois jovens mágicos entram num feudo amargo e cruel, cujos efeitos podem ser ainda sentidos pelas respectivas famílias mais de um século depois. Os dois homens assombram a vida um do outro, levados ao extremo pelo mistério de uma espantosa ilusão que ambos fazem em palco. O segredo da magia é simples, mas para os antagonistas o verdadeiro mistério é outro, pois ambos os homens têm mais a esconder do que apenas os truques da sua ilusão.

Opinião:
O Prestígio conta-nos uma história acerca da magia, do ponto de vista de pelo menos quatro pessoas. É uma história algo assustadora e confusa, mas que prende o leitor à narrativa desde o início até ao fim., sendo que os seus segredos só são revelados nessa altura.

Tudo começa com a publicação de um livro sobre magia e a necessidade de Andrew descobrir o que é feito do seu irmão gémeo, pois não consegue deixar de ouvir a sua voz dentro da sua cabeça. O autora introduz assim a história e uma rivalidade que dura gerações.

Se inicialmente a história é contada do ponto de vista de Andrew e se mantém no presente, rapidamente a história passa para o passado dando-nos a conhecer a história de vida de Rupert Angier e Alfred Borden. É através destas histórias que vai ser explicado o porquê da voz que Andrew ouve constantemente na cabeça. Enquanto lê-mos as histórias dos antepassados de Andrew e Kate (Alfred e Rupert, respectivamente), ficamos a conhecer duas pessoas extremamente inteligentes e dedicadas às suas ilusões, que por não serem capazes de ultrapassar a sua sede de vingança continuam a guerrear-se em vez de trabalharem em conjunto e tornarem-se os maiores mágicos já mais existentes.

Deixando de falar do que trata a história e "analisando" um pouco o livro. O autor imbui toda a narrativa de especulação e mistério. É impossível para o leitor conseguir discernir o que é realidade do que não é, e mesmo quando as explicações são dadas é difícil acreditarmos nelas de tão cépticos nos tornámos. Quanto aos personagens, é fascinante lê-los. Cada um tem uma personalidade muito própria e isso nota-se bastante bem na voz que o autor lhes dá. É possível saber a que personagem pertence determinada passagem apenas pela maneira como esta está escrita.

Outra coisa que me chamou a atenção foram as incoerências entre as diferentes narrativas, o que me despertou a curiosidade. Curiosidade essa que o autor sabe manter até ao fim. Além disso o autor cria uma atmosfera incrível ao longo de todo o livro, sendo possível ao leitor imaginar os mágicos em palco e as plateias à pinha.

Se houve algo de que não gostei, mas que ao mesmo tempo tornou o livro ainda melhor, foi o final. Como é possível o autor presentear-nos com um final perfeito e ao mesmo tempo que nos deixa insatisfeitos e a questionar-nos: Onde está o resto?! Foi exactamente assim que me senti, e soube tão bem...