domingo, 8 de novembro de 2015

Opinião - Mort

Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: Mort
Páginas: 232
Editor: Caminho
ISBN: 9722107356
Tradutor: Paula Reis

Sinopse:
A morte chega a todos e Mortimer (Mort para os amigos) não é excepção. Mas, quanto a morte chega ao pé dele, acontece algo de inesperado: oferece-lhe um emprego... Depois de se certificar de que morrer não é obrigatório, Mort aceita a proposta de se converter num aprendiz da Morte e libertar as almas dos seus invólucros carnais. É, contudo, um jovem sonhador e... não muito capacitado para este novo trabalho: assim que se encontra diante da princesa Keli — uma rapariga muito atraente prestes a ser assassinada —, Mort não mantém a calma que seria recomendável ao seu ofício e, em vez de libertar a alma da princesa, liberta a do assassino, interferindo com os desígnios implacáveis do Destino. Claro que a realidade não se muda assim tão facilmente: a princesa tem agora de fazer inúmeros esforços para conseguir que os seus súbditos lhe dêem ouvidos e estes mostram uma tendência muito desagradável para a ignorar. Mortimer precisa desesperadamente de ajuda, mas o seu mestre, tendo delegado nele boa parte do seu trabalho, agora passa os dias a beber, a jogar aos dados e a entregar-se a reflexões sobre a natureza filosófica do «divertimento»...

Opinião:
Mais um livro de Pratchett, mais uma sátira bem construída. Apesar de tudo este livro não me cativou tanto como os anteriores. Provavelmente por causa da tradução. Houve nomes que não estava à espera de ver em inglês e que não soavam bem no decorrer da narrativa. Isso quebrou um pouco o ritmo de leitura.

Deste vez ficamos a conhecer Mort e a sua relação com Morte. Sim, porque a Morte decidiu que era tempo de arranjar um aprendiz para ter tempo para perceber e estudar os comportamentos humanos. Afinal de conta a Morte sente-se posta de parte, sente-se renegada e enxovalhada por ninguém a aceitar. Por ninguém ser capaz de tentar travar amizade com ela. Afinal ela é um ser igual a todos os outros neste mundo.

Gostei da relação que Mort e a Morte desenvolvem. De companheirismo e aceitação. Ao mesmo tempo gostei de ver a transformação de Morte num ser mais humano e de Mort na Morte (se é que isto faz algum sentido).

Tal como seria de prever através do título e da sinopse neste livro o autor foca-se no assunto da morte e da maneira como nós a vemos. Mostrando-nos todas as suas facetas de uma maneira original, divertida e satírica (tal como não poderia deixar de ser). Uma vez mais não vou estar a discorrer sobre todos os aspectos porque o interessante é ler o livro e percebê-las por nós mesmos.

Não posso deixar de fazer referência a Ysabell. Adorei conhecer mais desta personagem que já nos tinha sido apresentada em A Luz Fantástica. A sua relação com Mort vai de ódio a amor muito depressa, o que em si mesmo pode ser considerado uma sátira a determinados tipos de literatura.

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