sexta-feira, 8 de abril de 2016

Opinião - Allegiant

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Série: Divergent, #3
Páginas: 544
Editor: Harper Collins Children's Books
ASIN: B00FIUO8MI

Sinopse:
The faction-based society that Tris Prior once believed in is shattered - fractured by violence and power struggles and scarred by loss and betrayal. So when offered a chance to explore the world past the limits she's known, Tris is ready. Perhaps beyond the fence, she and Tobias will find a simple new life together, free from complicated lies, tangled loyalties, and painful memories.

But Tris's new reality is even more alarming than the one she left behind. Old discoveries are quickly rendered meaningliess. Explosive new truths change the hearts of those she loves. And once again, Tris must battle to comprehend to complexities of human nature - and of herself - while facing impossible choices about courage, allegiance, sacrifice, and love.

Told from a riveting dual perspective, ALLEGIANT, by #1 New York Times best-selling author Veronica Roth, brings the DIVERGENT series to a powerful conclusion while revealing the secrets of the dystopian world that has captivated millions of readers in DIVERGENT and INSURGENT.

Opinião:
É impressionante. Foi preciso chegar ao último livro para não ter vontade de arrancar os cabelos constantemente. Possivelmente porque ao longo da história a autora não me tenta fazer acreditar que a Tris é muito boazinha, e que faz tudo para ajudar os outros porque é o certo a ver e blá blá blá. Não me vou estar a repetir porque é algo que eu tenho vindo a dizer ao longo dos três livros. Ainda bem que a autora desta vez trocou o disco e situações deste género já não acontecem constantemente. Para dizer a verdade acontecem apenas uma ou duas vezes (pelo menos que me recorde).

Assim sendo o livro começa pouco tempo depois dos acontecimentos dos anteriores. A Tris está a aguardar julgamento juntamente com os seus companheiros e Tobias está a tentar arranjar uma maneira de salvar a Tris visto o mais provável é esta ser executada por traição. Como é óbvio lá acabam por conseguir fugir, nomeadamente utilizando os Allegiant. É um bocado parvo, na minha opinião, o nome do livro. Ao fim e ao cabo a relevância dos Allegiant não é grande e estes não são propriamente um ponto de viragem.

De qualquer modo, visto que o que mais me irritou nos livros anteriores não estava presente neste livro fui capaz de o apreciar um pouco mais. Claro que continuo a não perceber toda a loucura e furor que se gerou à volta desta história, mas isso são outros quinhentos. Posso dizer de forma confiante que gostei mais deste último livro do que dos dois anteriores juntos. Gostei que a autora tivesse introduzido o ponto de vista do Tobias, mas não achei que trazia nada de muito relevante para a mesa. É verdade que ficamos a conhecer melhor como funciona a cabeça do Tobias e a verdade é que não é algo bonito. Ele está constantemente arrasado por tudo o que aconteceu e descobre, toma decisões parvas umas atrás das outras e não faz mais nada a não ser ter pena de si próprio. Já a Tris mostra-se mais segura nas suas decisões.

Quanto ao final que toda a gente, ou a maior parte das pessoas detestou, não me fez assim muita confusão, tendo em conta que a autora passou os dois livros anteriores a tentar fazer-me acreditar que a Tris era uma pessoa altruísta aquilo que acontece no final não é de admirar. Contudo não achei o raciocínio que a levou àquele ponto propriamente convincente. Mas o mais provável é isso acontecer porque eu não acredito em nada que seja altruísta e que parta da Tris. Ao mesmo tempo existem determinados raciocínios tidos por alguns dos personagens que não me convencem, como o facto de eles dizerem a si próprios que não tem problema apagarem as memórias de um grupo de pessoas, mas já não faz mal apagar as outras. 

Ao mesmo tempo toda aquela explicação acerca das experiências, dos genes danificados e afins é um bocadinho surreal e mandada para ali às três pancadas. Achei que a situação se resolveu muito depressa. Todo este novo mundo é apresentado e resolvido num livro, não acho isso de todo coerente e não percebo porque é que a autora decidiu fazê-lo. Como opinião pessoal preferia que a sociedade com as facções fosse o que realmente existia e que neste último livro a Tris e o Four tentassem arranjar maneira de trazer um mínimo de paz e estabilidade para este mundo. E as mortes? Parecem não ter qualquer sentido e serem apenas uma desculpa para os personagens andarem em sofrimento e serem capazes de se relacionar uns com os outros através da dor.

Resumindo, não achei a trilogia nada do outro mundo, pelo contrário, até a achei bastante medíocre. Só a terminei porque sou extremamente teimosa e os filmes é uma boa desculpa para a ler. Ainda terei que ponderar se irei ler os contos ou não.

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