terça-feira, 28 de julho de 2015

Opinião - Cinco Dias de Vida

Ficha Técnica:
Autor: Julie Lawson Timmer
Título Original: Five Days Left
Páginas: 416
Editor: ASA
ISBN: 9789892328898
Tradutor: Raquel Dutra Lopes

Sinopse:
Mara é uma advogada de sucesso, tem um casamento feliz, é uma mãe dedicada. Tem, também, uma doença devastadora que esconde do marido e da filha pequena. Ama-os demasiado para aceitar ser um fardo para eles. E tudo corre bem durante alguns anos. São anos maravilhosos mas sobre os quais paira a sombra da sua decisão aquando do diagnóstico: viverá enquanto puder manter-se digna. Agora que o seu corpo está finalmente a ceder, Mara estabelece um doloroso prazo: dentro de cinco dias, acabará com a sua própria vida.
A mais de mil quilómetros de distância, Scott tem também apenas cinco dias para cuidar de Curtis, um menino que acolheu em sua casa e que será agora novamente entregue à mãe, que está prestes a terminar uma pena de prisão. Foi com Scott que Curtis conheceu a estabilidade e o amor e desfrutou plenamente da infância pela primeira vez. O que o espera é uma angustiante incógnita. Para proteger Curtis, Scott tem agora de abdicar dele para sempre.
Mara e Scott são duas pessoas em contagem decrescente. Inesperadamente, as suas vidas vão cruzar-se e unir-se numa amizade que os acompanhará ao longo da semana mais difícil das suas vidas. E, no final dessa dura semana, qual deles estará feliz? Qual estará de luto? E qual deles terá desaparecido para sempre?

Opinião:
Este livro tinha tudo para ser bom, contudo no final deixou bastante a desejar face às expectativas com que o comecei a ler. Esta é a história de Mara e Scott. Pelo menos é isso que a sinopse dá a entender. Ambos têm 5 dias para continuar a viver a vida que conhecem e depois disso tudo pode mudar. Quando digo que a sinopse dá a entender algo significa que na realidade esta história é muito mais acerca de Mara do que de Scott. E isso é uma pena porque senti que a narrativa estava desequilibrada, parecia que a autora não conseguia dar tanta importância a uma situação como a outra e que não tinha capacidade para descrever ambas com a mesma profundidade.

A história é bastante simples e conta-nos o que vai acontecendo aos diferentes personagens durante estes últimos cinco dias, como é que a realidade destes últimos cinco dias os afecta e os faz mudar a sua maneira de estar na vida.

Mara passa o tempo a pensar se o que pretende fazer é o correcto ou não, e se por um lado eu acredito que para fazer o que ela pretende é preciso muita coragem, por outro lado achei que ela estava simplesmente à procura de uma saída fácil. A autora não conseguiu fazer-me decidir quanto ao prato da balança em que eu colocaria esta personagem. Pareceu-me alguém fraco e um pouco egoísta até.  Também a filha de Mara me conseguiu tirar do sério. As crianças normalmente são dotadas de grande sensibilidade, e por isso são sempre sinceras e directas nas abordagens que fazem. Podem ser maldosas ou não, depende da sua personalidade. Segundo a descrição da filha de Mara, esta é uma boa criança, e por isso as suas acções não se adquam àquilo que nos é transmitido, visto a criança estar constantemente a ser maldosa para a mãe. Uma das poucas coisas que gostei na história de Mara foi a sua relação com o taxista, que é algo inesperado e baseado na compreensão e aceitação.

Quanto à história de Scott, não sei por ser mais curta e com menos tempo de antena achei-a um pouco mais equilibrada. Consigo compreender as atitudes da maior parte dos personagens envolvidos, se bem que nem sempre concorde com elas. Contudo também houve algumas coisas que me fizeram comichão, nomeadamente a atitude da sua esposa face à situação de Curtis e a incapacidade de amar outro ser humano que não de sangue. Se bem que o cúmulo é chegar à última página e esta ter tido uma revelação.

Apesar de todos estes contratempos este é um livro que se lê bem. A escrita da autora é acolhedora e cativa o leitor tornando a narrativa fluída e fácil de seguir. Foi um livro agradável de se ler, com temáticas interessantes mas que fica aquém das expectativas.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 26 de julho de 2015

Sunday's Quotes (102)

“Guys are totally stupid when it comes to unrequited love. We females pine away and keep our thighs closed for the most part when we love someone we can’t have. Guys swing their shit around at anything that has a hole, trying to forget the one they want.”―  Jennifer L. Armentrout, Frigid

sábado, 25 de julho de 2015

Opinião - O Jantar

Ficha Técnica:
Autor: Herman Koch
Título Original: Het diner
Páginas: 304
Editor: Alfaguara
ISBN: 9789898775511
Tradutor: Maria Leonor Raven Gomes

Sinopse:
Até onde iria para proteger a sua família?
Noite de Verão em Amsterdão: dois casais encontram-se para jantar num restaurante. A trivialidade da conversa, sobre férias e trabalho, entre garfadas satisfeitas e sorrisos educados, deixa adivinhar um jantar aparentemente normal. Aparentemente. É quando chega o prato principal que descobrimos que os casais não se juntaram para jantar pelo prazer da refeição e da companhia, mas para discutir um acto de violência ignóbil perpetrado pelos filhos de ambos. Entre status e família, vamos descobrindo até onde as pessoas estão dispostas a ir para defender o que é seu e impedir o seu pequeno mundo de cair por terra. A natureza do mal exposta à mesa de jantar e a subtileza (i)moral da narrativa faz desta uma história incómoda, provocadora e controversa, que arrasou as tabelas de livros mais vendidos. Uma narrativa surpreendente, tensa e brilhante que não deixará ninguém indiferente.

Opinião:
O Jantar, tal como o título indica, passa-se durante esta refeição, ao longo da qual nos vão sendo apresentadas as acções e pensamentos do protagonista.

Vamos lidar mais diretamente com quatro personagem: o próprio protagonista, a sua esposa, o seu irmão e a sua cunhada. Entre sorrisos, simpatias e conversa de circunstância, vão-nos sendo reveladas aos poucos as verdadeiras intenções das personagens e também a sua verdadeira maneira de ser. Inicialmente, é fácil não gostarmos das personagens que o nosso protagonista despreza (o irmão e a cunhada). Afinal, ele faz as apresentações de modo a que fiquemos a pensar que os outros são mesquinhos, tacanhos, com a mania da grandeza. A descrição dos acontecimentos presentes e futuros leva-nos também a considerar que realmente o protagonista tem razão. Contudo, chega um momento em que tudo muda.

É impossível explicar aquilo que comecei a sentir, porque é algo tão visceral que simplesmente não tem explicação. A partir de determinada altura, é-nos mostrado que aquilo que nos é apresentado, não é bem a realidade e que temos estado a ser enganados ao longo de toda a narrativa. Quando, finalmente, comecei a perceber as personalidades de cada uma das personagens, comecei a sentir-me doente e enojada, pela capacidade para a maldade que determinadas personagens demonstram. Fiquei a sentir-me enojada só de presenciar determinadas situações e de estar em contacto com uma mente tão doentia e perversa.

Não posso explicar melhor, senão estaria, possivelmente, a entrar em spoilers e não quero isso, porque o fantástico deste livro é ir descobrindo aos poucos o que não está certo. Assim sendo, este é um livro que considero bastante bom, não por ter a capacidade de nos fazer preocupar com as personagens, de sentir empatia com as mesmas, mas exatamente pelos sentimentos contrários que desperta em nós.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Mini-Opinião - Carswell's Guide to Being Lucky & Night of Cake and Puppets

Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Páginas: 42
Editor: Feiwel & Friends
ASIN: ?

Sinopse:
Thirteen-year-old Carswell Thorne has big plans involving a Rampion spaceship and a no-return trip out of Los Angeles.

Opinião:
O que de mais agradável tem esta história é sermos capazes de ver e perceber que desde cedo Carswell já tinha aquele seu jeito especial para lidar com pessoas, como também já tinha a sua veia de aldrabão bastante vincada. Não é difícil de perceber como é que ele veio a ser o personagem que conhecemos visto que ele não mudou praticamente nada. Um conto que não traz nada de novo para a história mas que permite ao leitor uma melhor percepção da história do Carswell.


Ficha Técnica:
Autor: Laini Taylor
Páginas: 79
Editor: Hodder & Stoughton
ASIN: B00FJYT102

Sinopse:
Petite though she may be, Zuzana is not known for timidity. Her best friend, Karou, calls her 'rabid fairy', her 'voodoo eyes' are said to freeze blood, and even her older brother fears her wrath. But when it comes to the simple matter of talking to Mik, or 'Violin Boy', her courage deserts her. Now, enough is enough. Zuzana is determined to meet him, and she has a fistful of magic and a plan. It's a wonderfully elaborate treasure hunt of a plan that will take Mik all over Prague on a cold winter's night before finally leading him to the treasure: herself! Violin Boy's not going to know what hit him.

Opinião:
Neste pequeno conto ficamos, finalmente, a saber os detalhes de como Zuzana e Mik se tornaram um casal. Se já antes adorava a personalidade de Zuzana, agora que tive direito a ver como funciona a sua cabeça passei a adorá-la ainda mais. Gostei bastante de ficar a conhecer melhor Mik. É alguém que apesar de tudo é bastante calmo e sereno  considero-o um complemento perfeito à Zuzana. A própria história da sua reunião é bastante engraçada, mesmo algo à medida da Zuzana. Se bem que Mik também surpreende pelo desembaraço. O ambiente é de magia e encanto e os pormenores são simplesmente deliciosos. Este foi sem dúvida um belo complemento à história principal.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Opinião - Sonhos de Deuses e Monstros

Ficha Técnica:
Autor: Laini Taylor
Título Original: Dreams of Gods and Monsters
Páginas: 496
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720047663
Tradutor: Elsa T. S. Vieira

Sinopse:
Dois mundos estão à beira de uma guerra cruel. Através de um assombroso ardil, Karou assumiu o controlo da rebelião das quimeras e tem a intenção de as desviar do caminho da vingança extrema. O futuro depende dela.
Quando o brutal imperador serafim traz o seu exército para o mundo humano, Karou e Akiva estão finalmente juntos - se não no amor, ao menos numa aliança provisória contra um inimigo comum. É uma versão alterada do seu antigo sonho, mas ambos começam a ter esperança de que será possível forjar um destino alternativo para os seus povos e, talvez, para si próprios.
Porém, com ameaças ainda maiores a desenharem-se, serão Karou e Akiva fortes o suficiente para se erguerem entre anjos e demónios?

Das cavernas dos Kirin às ruas de Roma, humanos, quimeras e serafins lutam, amam e morrem num cenário épico que transcende o bem e o mal, nesta impressionante conclusão da trilogia bestseller Entre Mundos.

Opinião:
E eis que chega a conclusão de uma das séries mais aclamadas nos últimos meses aqui por terras lusas. Quem é que ainda não ouviu falar de Laini Taylor? Quem já leu ficou fã, quem ainda não leu de certeza que irá ficar se se propuser a ler esta série.

Neste último capítulo vemos uma aliança tremida formar-se entre os Ilegítimos e as Quimeras numa tentativa de fazer com que Jael retorne a Eretz e possa ser derrotado de uma vez por todas. Contudo a autora decidiu que isso não seria enredo suficiente e decidiu introduzir novas personagens e novos acontecimentos.

Quanto ao antigo enredo gostei de como a autora o desenvolveu. De como aos poucos os diferentes lados passaram a suportar-se e até a lidarem uns com os outros em pequena escala. A admiração sentida por alguns Ilegítimos relativamente ao alguns Quimera foi engraçada de se ver. E foi gratificante ver que dada a oportunidade de interagirem chegou um momento em que ambas as raças se deixaram guiar pela curiosidade e foram capazes de ultrapassar o medo e o receio.

Quanto ao novo enredo, não gostei propriamente dele e não o achei necessário. A Elisa foi uma personagem que não me chamou propriamente a atenção e apesar de ter sido utilizada para contar o passado e explicar o que aconteceu a Razgut a verdade é que a autora se assim o quisesse poderia ter utilizado outra forma de o fazer. Achei realmente um pouco de mais a introdução desta nova personagem e a introdução de um novo mal no mundo de Eretz. Bem como achei um pouco de mais toda a situação com os Stelianos e com o Akiva. Deu-me a sensação que a autora decidiu trazer os Stelianos e todas as suas explicações para o molhe simplesmente para arranjar mais um contratempo à relação de Akiva e Karou.

Quantos aos personagens, não há muito a dizer. Tanto Akiva como Karou aprenderam a viver em paz com o passado e aceitar o que lhes aconteceu. Ao mesmo tempo aprendem o que é realmente viver e a ter esperança no futuro, tal como Brimstone desejava. Sem sombra de dúvida que mais uma vez Zuzana e Mik roubam a atenção de toda a gente assim que entram em cena. Zuzana pela sua forte personalidade e pela sua coragem que não se deixa intimidar por ninguém. Já Mik conquista através da sua calma e do apoio silêncioso que sentimos emanar dele a todos os momentos. Os dois juntos são qualquer coisa de maravilhoso de se ver. Para finalizar não posso deixar de referir Liraz, uma das personagens que mais evoluí durante este livro. Desde super guerreira sem sentimentos, até ao momento em que percebe que são esses sentimentos que nos dão força. Adorei ver o momento que ela partilha com Karou relativamente a Ziri. E foi um aconchego para o coração ver que depois de tudo o que aconteceu a ambos têm uma hipótese de serem felizes. Afinal Ziri também não teve um caminho fácil. Tentar não se perder na pele de outra pessoa e manter-se fiel a si mesmo não deve ser nada fácil quando nos encontramos quase sozinhos.

Apesar de ter gostado da maior parte do livro achei que em muitos momentos a autora enrolava um bocado o que me deixava irritada e saturada e com vontade de saltar parágrafos à frente. Há alturas em que isso é um bom sinal, quer dizer que estou bastante entusiasmada e que quero saber mais o mais depressa possível. Este não foi o caso. Na maior parte das vezes quando esta situação acontecia era porque me sentia ligeiramente aborrecida.

Assim sendo considero que apesar de no geral ter gostado do livro e do final que a autora nos apresenta o achei o mais fraquinho da trilogia. Estava à espera de algo mais extraordinário para a conclusão desta guerra entre Serafins e Quimeras.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 19 de julho de 2015

sábado, 18 de julho de 2015

Opinião - O Lago dos Sonhos

Ficha Técnica:
Autor: Juliet Marillier
Título Original: Dreamer's Pool
Páginas: 448
Editor: Planeta
ISBN: 9789896576288
Tradutor: Catarina F. Almeida

Sinopse:
Um livro intenso que tem como pano de fundo a Irlanda medieval. Voltando ao registo dos seus primeiros livros, a autora constrói uma trama intricada, sempre acompanhada dos mistérios celtas, que não deixará os leitores indiferentes.
Em troca de ajuda para escapar a um longo e injusto encarceramento, a amarga curandeira mágica Blackthorn... terá de cumprir, durante sete anos, a promessa que fez ao seu libertador: aceder a todos os pedidos de socorro que lhe forem dirigidos.

Opinião:
Como grande fã que sou de Juliet Marillier, andava ansiosa para que a Planeta publicasse por cá este livro, originalmente intitulado de Dreamer's Pool, o primeiro livro da nova e promissora série Blackthorn & Grim.

É verdade, podia ter comprado logo o livro em inglês e encurtado em cerca de 7 meses a minha espera, no entanto como há mais de dez anos que faço a "colecção" Juliet Marillier em português, e esta é uma autora que continuará a ser publicada por cá, prefiro continuar na mesma linha. Contudo, ao ler esta medíocre tradução de O Lago dos Sonhos fiquei um pouco arrependida... Houve claramente uma escolha infeliz de diversas palavras e da não tradução de outras, sem qualquer sentido, mas fez-me particularmente confusão aquele "tu cá, tu lá" entre diversas personagens, nomeadamente da realeza, tendo ainda para mais em conta o ambiente da história: uma Irlanda medieval...

Mas passemos à obra em si, que é o que mais importa, e a Juliet não tem culpa nenhuma disto. Adorei este livro! Como sempre esta escritora é uma belíssima contadora de histórias e a sua magia tão particular está sempre presente.
Achei curioso que a história fosse contada por três pontos de vista diferentes, constantemente alternados: Blackthorn, Grim e Oran. Algo que não me lembro de acontecer em outros livros da autora. Gostei, mas confesso que talvez preferisse ler apenas o POV de Blackthorn e de vez em quando de Grim, embora admita que para esta obra em questão, tenha resultado bem a forma como foi feito.

De início não achava piada ao príncipe Oran. Achava-o um totozinho lamechas e sem interesse, apesar de boa pessoa e bom suserano. Felizmente com o desenrolar da narrativa isso mudou e gostei de o ver crescer como homem e personagem. 
Já no que respeita a Blackthorn gostei imenso dela desde a primeira linha. Não sei porquê, mas tenho sempre um grande fascínio por curandeiras. Gostei muito de ver, a pouco e pouco, estabelecer-se o seu processo de cura interior (mesmo que ela não o note) e apesar de já saber o drama do seu passado, continuo muito curiosa quanto aos seus dois antigos nomes, que espero vir a saber no próximo volume.
Quanto a Grim, também gostei bastante deste matulão, que pelo que dizem, só a mãe o acharia bonito. É um homem enorme e forte e de bom coração, quebrado pela prisão de Mathuin e por um passado que o atormenta e que eu estou mortinha por conhecer. Que será que aconteceu?
Também neste livro os Fae têm um importante papel, sob a forma de Conmael. Um ser muito misterioso, e que me faz perguntar qual o seu interesse em Blackthorn e na sua sede de vingança para com o execrável Mathuin.

Apesar de ter adorado esta história, com toda a sua magia, folclore e saberes antigos, achei-a um pouco previsível, já que logo de início pude adivinhar o "grande" mistério de Flidais.

Posto isto, já estou desejosa que seja publicado Tower of Thorns, pois quero muito continuar a acompanhar as aventuras e desventuras de Blackthorn e Grim, ver mais segredos revelados e mistérios resolvidos e claro, voltar a sentir-me envolvida por este encanto e magia que só Juliet Marillier consegue imprimir nas suas obras.



quinta-feira, 16 de julho de 2015

Opinião - A Todos os Rapazes que Amei

Ficha Técnica:
Autor: Jenny Han
Título Original: To All the Boys I've Loved Before
Páginas: 272
Editor: Topseller
ISBN: 9789898800008
Tradutor: Rui Azeredo

Sinopse:
«Guardo as minhas cartas numa caixa de chapéu verde-azulada que a minha mãe me trouxe de uma loja de antiguidades da Baixa. Não são cartas de amor que alguém me enviou. Não tenho dessas. São cartas que eu escrevi. Há uma por cada rapaz que amei — cinco, ao todo.

Quando escrevo, não escondo nada. Escrevo como se ele nunca a fosse ler. Porque na verdade não vai. Exponho nessa carta todos os meus pensamentos secretos, todas as observações cautelosas, tudo o que guardei dentro de mim. Quando acabo de a escrever, fecho-a, endereço-a e depois guardo-a na minha caixa de chapéu verde-azulada.

Não são cartas de amor no sentido estrito da palavra. As minhas cartas são para quando já não quero estar apaixonada. São para despedidas. Porque, depois de escrever a minha carta, já não sou consumida por esse amor devorador. Se o amor é como uma possessão, talvez as minhas cartas sejam o meu exorcismo. As minhas cartas libertam-me. Ou pelo menos era para isso que deveriam servir.»

Opinião:
A Todos os Rapazes que amei conta a história de Lara Jean e das suas paixões ao longo do tempo. Com isto não quero dizer que vamos acompanhado a personagem enquanto ela se apaixona e desapaixona, mas sim que no presente vamos conhecendo os amores do seu passado através de cartas que esta lhes foi escrevendo. Cartas de despedida. Algumas são curtas e directas, outras são mais elaboradas e sentimentais. Mas todas elas expõe preto no branco aquilo que que Lara tem para dizer a cada uma das suas paixões.

Lara Jean é uma personagem algo peculiar na medida em que para os seus 16 anos é uma pessoa bastante recatada, que não bebe, não se mete em confusões, não socializa e que detesta conduzir. Além disso tem uma grande paixão pelo namorado da irmã, o que torna tudo complicado. É uma personagem que se de um modo parece ter alguma maturidade a verdade é que também tem uma parte algo inocente que não vê a maldade nas outras pessoas e tenta sempre pensar o melhor dos outros. Pelo menos sobre aqueles que lhe são queridos.

Se por um lado gostei bastante de Peter, por outro Josh não causou grande impacto em mim. Josh é um rapaz completamente normal, que deixa Lara Jean ser exactamente como é e que não lhe acrescenta nada de novo, deixando-a numa posição algo estagnada. Já Peter é alguém que está constantemente a desafiar Lara Jean. Que a faz ultrapassar os seus próprios limites. Que a incentiva a ser mais social, a aceitar novas condições e maneiras de estar. Peter é capaz de a confrontar acerca dos seus medos e obrigar Lara Jean a pensar sobre eles e aceitá-los. Além disso Peter tem um sentido de humor bastante engraçado. As suas interacções com os seus amigos e com Lara Jean são sempre um fartote de rir!

Na verdade a maior parte dos personagens são bastantes interessantes, desde a irmã mais nova de Lara Jean, até aos amigos de Peter e a uma das antigas paixões de Lara, Lucas. No geral o livro está bem abastecido de personagens interessantes e cativantes. Se bem que em determinadas alturas a Lara Jean se possa tornar algo irritante por ser tão lenta a perceber determinadas coisas.

Algo de que gostei foi a ideia das cartas de amor que servem como uma espécie de exorcismo. Muita gente utiliza este método para se livrar de todos os pensamentos e sentimentos que possam estar a sobrecarregá-los e por isso achei que foi uma boa escolha por parte da autora. O modo como a história evolui está bem conseguido. Não houve propriamente pressas, mas a história também não se desenvolveu a passo de caracol. Foi interessante ver como as interacções entre Lara Jean e Peter os levaram cada vez mais a aproximarem-se. Relativamente a Lara Jean, Peter foi bastante mais rápido a perceber os seus sentimentos e aquilo em que a relação dos dois se estava a tornar. Foi algo frustrante e irritante ver que Lara Jean só se apercebe dos seus sentimentos quando a irmã mais nova lhos escarrapacha na cara.

No geral foi uma história fofinha e agradável. Boa para passar algum tempo com descontracção. Aguardo com alguma curiosidade pelo próximo livro da série.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

sábado, 11 de julho de 2015

Opinião - À Morte Ninguém Escapa

Ficha Técnica:
Autor: M. J. Arlidge
Título Original: Pop Goes The Weasel
Páginas: 320
Editor: Topseller
ISBN: 9789898800343
Tradutor: Rui Azeredo

Sinopse:
O corpo de um homem é encontrado numa casa vazia.O seu coração foi arrancado e entregue à família. A detetive Helen Grace sabe que esta não será a última vítima de um assassino em série. Os media chamam-lhe Jack, o Estripador, mas ao contrário: este mata homens de família que vivem vidas duplas e enganam as suas mulheres.Helen consegue pressentir a fúria por detrás de cada assassínio. Mas o que ela nunca conseguirá prever é quão volátil na realidade este assassino é. Nem o que a aguarda no final desta caça ao homem.

Opinião:
Se há coisa que se pode dizer acerca dos livros desta série é que os acontecimentos são sempre surpreendentes. Surpreendentes na medida em que os assassínios que acontecem são sempre algo arrepiantes e têm uma explicação complexa acerca do porquê dos acontecimentos.

Após o livro anterior a maior parte dos personagens ainda se encontra a debater e a tentar ultrapassar tudo aquilo porque que passaram no caso anterior. A Helen tenta ultrapassar o facto de ter perdido alguém por quem se estava a apaixonar e a Charlie tenta lidar com os problemas que o confronto trouxe para o seu casamento. Estas condições fazem com que as personagens estejam algo desnorteadas e isso acaba sempre por se reflectir no seu trabalho.

Uma vez mais a equipa vai lidar com uma assassina em série, desta vez alguém que anda a caçar homens que utilizam o serviço de prostitutas. Esta assassina abre o peito às suas vítimas e em seguida retira-lhes cirurgicamente o coração, entregando-o em seguida aos familiares. De início começamos por ter apenas o ponto de vista de Helen e Charlie, bem como da assassina enquanto efectua os seus crimes. Contudo ao longo do livro vamos passando a conhecer melhor a assassina através do pouco que a mesma vai deixando escapar e começamos a perceber o porquê daquilo que faz.

Para mim a mais valia do livro foi isso mesmo, o facto de o autor ter conseguido com que eu fosse criando empatia para com a assassina. Ela não é de todo má pessoa, simplesmente é aquilo que a vida fez dela e apesar de matar alguém ser algo extremamente incorrecto a verdade é que ao longo do livro vamos deixando de a culpabilizar por aquilo que faz e queremos sinceramente que tudo possa correr pelo melhor para ela e que seja capaz de dar a volta à situação.

Claro que o livro tem outros aspectos positivos como os personagens em si e a maneira como enredo se vai desenrolando. O autor sabe manter bem o equilíbrio entre a quantidade de informação que passa, como a passa e em que alturas a passa, e entre o desenvolvimento dos personagens e os seus dramas pessoais.

Não posso deixar de fazer referência à Emília. Uma jornalista sem escrúpulos, que só pensa em subir na sua carreira sem se preocupar com quem tem que passar por cima para o conseguir. Digamos que de certa forma ela é o principal inimigo e tormento de Helen.

Este é então um segundo livro que faz jus ao primeiro e que deixa o leitor com imensa vontade de continuar a seguir a história de Helen.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Opinião - Foretold

Ficha Técnica:
Autor: Carrie Ryan, Richelle Mead, Saundra Mitchell , Matt de la Pena, Diana Peterfreund, Margaret Stohl, Lisa McMann, Laini Taylor, Meg Cabot, Heather Brewer, Simone Elkeles, Kami Garcia, Malinda Lo, Michael Grant
Páginas: 370
Editor: Delacorte Books for Young Readers
ASIN: B007M29VWC

Sinopse:
Have you ever been tempted to look into the future? To challenge predictions? To question fate?

It's human nature to wonder about life's twists and turns. But is the future already written—or do you have the power to alter it?

From fantastical prophecies to predictions of how the future will transpire, Foretold is a collection of stories about our universal fascination with life's unknowns and of what is yet to come as interpreted by 15 of young adult fiction's brightest stars.

Opinião:
E no seguimento da "pancada" por descobrir mais obras de Laini Taylor decidi aventurar-me neste livro de contos que conta também com vários outros autores de que gosto. O tema central desta colectânea é as profecias e como estas podem controlar a vida de uma pessoa. Gostei dos diferentes tipos de premonições que os autores utilizaram. Muitas delas não são propriamente profecias como estamos habituados, mas têm implicações no comportamento dos personagens de qualquer modo. Tenho desde já a dizer que achei a Introdução da Carrie Ryan bastantes interessante. O único conto que não li foi o da Richelle Mead visto que faz parte de uma séria que não leio. À semelhança do já feito para outras antologias irei dar uma pequena opinião acerca de cada um dos contos:

Gentlemen Send Phantoms - Laini Taylor
Simplesmente adorei este conto. A ideia está tão interessante. Chegada uma determinada noite as raparigas solteiras fazem um bolo e dormindo com ele aparece-lhes o fantasma do homem com que irão casar ou que estará interessado nelas. Sendo que quem envia o fantasma é o próprio homem. A personagem principal tem uma personalidade fantástica. Apaixonamo-nos por ela logo ao início da narrativa. O personagem masculino é dotado de uma amabilidade e simplicidade cativantes. Adorei cada bocadinho passado com estes dois personagens e com os acontecimentos que vivem nesta noite tão especial.
 
Burned Bright - Diana Peterfreund


Este é um conto um pouco mais obscuro. Lida com um grupo de pessoas que normalmente consideramos fanáticas. Um culto que tem como profecia o fim do mundo e que apenas os escolhidos terão direito a ser enviados para o céu numa determinada noite. Claro que tudo parece correr conforme planeado até não correr mais. É um bocado assustador ver a transformação final de Bright quando aquilo em que acredita toma proporções que a faz tomar uma atitude algo impensável.
 

The Angriest Man - Lisa McMann

Este conto é curtinho e algo estranho. Há um encadear de ideias e acontecimentos que vão desde o enterro do Angriest Man até ao momento em que alguém é infectado pela sua disposição e o final que essa pessoa acaba por ter. Achei o conto um pouco confuso para o final e que a personagem estava pouco caracterizada. 
Out of the Blue - Meg Cabot
Este é o conto que tem uma vertente mais de comédia. Aqui a suposta "profecia" não é chapa 5, mas está lá e influência os personagens. Pelo menos enquanto se lembram que ela existe. E apesar de se esquecerem dela a verdade é que se vem a tornar realidade. Se bem que não da maneira que se esperaria. Gostei do humor dos diversos personagens e do facto de ser um conto bastante diferente dos restantes. Principalmente quanto ao tom.

One True Love - Malinda Lo
Este foi um conto que poderia ter tudo para funcionar, mas que, para mim, não funcionou por um único motivo. As personagens principais são lésbicas. Atenção, não estou a ser homofóbica nem nada semelhante. Simplesmente o conceito da história lembrou-me bastante o outro livro que já li da autora, Ash. Estava à espera de ter direito a algo um pouco mais diferente. A ideia de o Rei proibir a filha de conhecer homens com medo que o reino fosse destruído para ela acabar por se apaixonar por uma mulher? Enfim, gostei do crescimento da personagem principal, mas a autora não me convenceu com o conteúdo da história.

This Is a Mortal Wound - Michael Grant
Um conto também com um pouco de comédia, mas com um pouco de thriller à mistura. Aqui é-nos apresentado um personagem com uma má atitude e resposta sempre pronta, e uma professora que tem pavor a tudo o que é electrónico e que tem umas características um pouco psicopatas. Gostei de como no final o protagonista se conseguiu safar de "profecia" que lhe tinha sido feita pela professora.

 Misery - Heather Brewer
Gostei da forma como este conto aborda a questão de que muitas vezes por mais que tentemos fugir ao nosso destino a verdade é que quanto mais lutamos contra ele mais influenciamos para que ele seja aquilo que foi previsto. Se bem que o conceito de Misery poderia ter sido melhor explicado e assim ajudar a enriquecer o conto, a verdade é que por si só os acontecimentos levam o leitor a ficar apreensivo e a pensar se realmente temos livre arbítrio ou não.

The Mind Is a Powerful Thing - Matt de La Peña
Uma vez mais aqui o termo profecia adquire um significado menos literal. É mais uma observação efectuada por alguém e que nos faz ficar a matutar. A protagonista deste conto é um pouco obsessiva com desastres e é nisso que o autor pega para que um pensamento assustador possa ser infiltrado na sua mente. Uma vez mais este foi um conto um pouco assustador pelo seu final. É algo um pouco diferente daquilo que esperava do autor, contudo como apenas li outro conto não tenho muito por onde pegar. Deixou-me com curiosidade para ler uma obra maior deste autor.

The Chosen One - Saundra Mitchell
Este conto deixou-me dividida. Se por um lado gostei bastante dos personagens, das suas forças e fraquezas e da demanda empreendida por um deles, por outro irritou-me solenemente o facto de basicamente termos dois climaxes. Acho que me ficava bem só por um. Se eu fosse a autora ter-me-ia ficado pela demanda que vê a profecia concretizada e deixaria de lado a segunda parte que dá relevo ao teor romântico do conto.

Improbable Futures - Kami Garcia

Este é uma vez mais um conto com um teor um pouco mais obscuro. Alguém que trabalha num Circo e que faz de cigana lendo a sina às pessoas. Gostei de ver como as premonições que ela fazia afectavam as diferentes pessoas e de como as coisas acabavam por acontecer sem que ela inicialmente soubesse que tinha essa capacidade. Algo que também me deixou angustiada durante a narrativa foram as insinuações sobre aquilo que o dono do circo lhe fazia. Foi o suficiente para ficar mal disposta. Escusado será dizer que ele teve a premonição que merecia.

Death for the Deathless - Margaret Stohl
Este conto lembra-me um pouco o da Diana Peterfreund. A essência acaba por ser um pouco a mesma. Um conjunto de pessoas que recebe instruções e profecias em como o futuro irá acabar, ou neste caso uma raça, os Deathless. Neste caso o que leva à sua aniquilação é o próprio conhecimento que iriam deixar de existir. Se não tivessem começado a disparatar provavelmente teria corrido tudo bem. Não foi um conto que me tocou particularmente.

Fate - Simone Elkeles
Neste conto temos novamente um conceito diferente de profecia, premonição, o que quer que seja que lhe queiram chamar. Aqui o que condiciona o caminho do protagonista é o facto de ter medo de seguir o legado da família e ser uma pessoa horrível para alguém que possa vir a amar. Gostei bastante de ver o modo como aos poucos se foi abrindo para Willow, aprendendo a confiar nela e a apostar mais em si próprio. Willow também me cativou completamente com a sua excentricidade e o seu bom coração.

The Killing Garden - Carrie Ryan
Este foi sem dúvida um dos melhores contos que li nesta antologia. Bastante completo, com personagens bastante interessantes, um contexto bem pensado, uma história com um ritmo alucinante e uma escrita que agarra o leitor do início ao fim. A ideia de que o jardineiro é alguém que apara os ramos espinhosos da corte está fantástica e o modo como a autora apresenta a ideia faz com que horripilantemente este trabalho pareça algo natural e plausível. Adorei cada momento que passei agarrada a estas páginas até a protagonista se conseguir livrar do seu destino e começar a escrever um para si própria.

domingo, 5 de julho de 2015

Sunday's Quotes (99)

“Se tu morresses eu ficava triste.
Porquê?
Porque fazes parte da minha história.
Alerta, a membrana rechaçou o sentimento, protegendo-me. Deixei que o corpo se afundasse no sofá e, mesmo que uma espécie de ternura suplicasse por se mostrar, num sorriso ou numa lágrima, limitei-me a resmungar palavras inaudíveis e continuei a ler.”―  João Tordo, O Luto de Elias Gro

sábado, 4 de julho de 2015

Opinião - Atraída

Ficha Técnica:
Autor: Sylvia Day
Título Original: Captivated by You
Páginas: 400
Editor: 5 Sentidos
ISBN: 9789897450198
Tradutor: Cláudia Ramos

Sinopse:
Para Gideon, eu sou um anjo, mas ele é o verdadeiro milagre na minha vida: é o meu guerreiro, arrebatador e ferido, tão determinado em acabar com os meus demónios como hesitante em enfrentar os seus.

Os votos que trocámos deviam ter-nos unido mais do que tudo, mas, em vez disso, abriram feridas antigas, expuseram dores e inseguranças, e tiraram da sombra velhos inimigos. Sinto que ele me está a escapar; os meus maiores medos começam a tornar-se reais; o meu amor é testado de formas que nunca julguei conseguir suportar.

No melhor momento das nossas vidas, as sombras do passado invadiram e ameaçaram tudo aquilo por que tanto lutámos. Enfrentámos então uma escolha terrível: a familiar segurança das vidas que tínhamos antes de nos apaixonarmos ou a luta por um futuro que, de repente, parecia um sonho impossível e sem esperança.

Opinião:
Em Atraída continuamos a seguir a história de Gideon e Eva. Sendo que por todos os motivos e mais alguns esta continua a não ser fácil nem estável. Se por um lado tudo aquilo porque os personagens passaram quando novos influencia a sua relação e leva a que existam momentos bastante tensos entre o casal, o facto de Gideon ter andado enrolado com algumas mulheres, muitas delas um bocadinho para o psicóticas, também não ajuda nada visto que decidem todas aparecer na mesma altura.

A verdade é que terminando a leitura deste livro chegamos à conclusão que o mesmo não acrescenta nada de novo nem contribui para o desenvolver da história e crescimento dos personagens. É verdade que Eva e Gideon dão alguns passos em frente na tentativa de se tornarem pessoas mais sãs, mas não achei que esses passos fossem tão válidos quanto isso...

Nota-se ainda bastante bem que a autora anda a esticar a corda, e de que maneira. Nenhum dos problemas que começou no livro anterior teve o seu final. É só pontas e mais pontas soltas durante todo o livro. Na minha opinião a autora poderia ter começado a dar um final a alguns arcos. Houve alguns que realmente tiveram uma tentativa de conclusão, que não foi muito bem conseguida. Além disso não houve propriamente um vilão ou uma história pertencente apenas a este livro. Tudo aquilo que acontece vem no seguimento do livro anterior e isso faz-me uma vez mais sentir que a autora já não sabe mais o que trazer de benéfico para a história e por isso anda simplesmente a arrastar os problemas que já criou.

É  claro que para quem leu os livros anteriores este não deixa de ser um livro a ler. Mas apenas nas alturas em que apeteça ao leitor algo leve e descontraído. Afinal é o que este livro é. Um livro para descansar o cérebro e que não nos faz pensar muito visto basicamente não ter uma história que tenhamos que seguir.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)